O líder dos congressistas republicanos John Boehner acusou hoje o presidente Obama de ‘arrastar os pés' na negociação para impedir a queda do país no ‘abismo orçamental', avisando que o Estado já não tem dinheiro.
"Vamos ser honestos. Estamos falidos. O plano que nós [os republicanos] apresentámos é consistente com o pedido do presidente para uma abordagem equilibrada" entre subidas de impostos e cortes na despesa, disse Boehner. O líder republicano recordou ainda que o seu partido está disposto a aceitar um aumento da carga fiscal em troca de cortes nos programas sociais, mas que, até agora, "ainda estamos à espera da Casa Branca".
As afirmações foram rapidamente rejeitadas pelo director de comunicações de Obama, Dan Pfeiffer, o qual notou que "a ironia é que a primeira proposta da Casa Branca continha cortes muito específicos, enquanto que a contra-proposta republicana não tem quase nenhuns". Já a líder democrata, Nancy Pelosi, respondeu a Boehner afirmando que, se ele fala a sério, deveria permitir um voto imediato sobre o plano de Obama para um aumento de impostos aos mais ricos, o qual, segundo ela, teria um "apoio esmagador", mesmo entre os congressistas republicanos.
Para os analistas, estas trocas de acusações só ilustram as dificuldades que a Casa Branca e os líderes do Congresso enfrentam para tentar evitar os cortes na despesa e subidas de impostos - o chamado ‘abismo orçamental' - que terá automaticamente lugar em Janeiro se não houver um acordo sobre a redução do défice, e que levaria a maior economia do mundo a entrar em recessão.
Fonte: Económico
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