domingo, 10 de julho de 2016

Microsoft já armazena em ADN dados de um computador

O armazenamento de dados representa, para a maior das empresas, um desafio. As formas tradicionais são seguras, mas têm vários problemas. Para além das questões mecânicas, existe também o volume que ocupam.

Mas a Microsoft está a trabalhar em novas formas de armazenamento e conseguiu agora um recorde, ao conseguir armazenar 200MB de informação em ADN sintético, um feito que não tinha ainda sido conseguido.

A procura de formas alternativas para armazenamento de dados levou os cientistas a olhar para o ser humano e para a sua constituição. Ai encontraram a forma mais básica onde a informação pode ser armazenada, o ADN.

Em conjunto com a Microsoft, a Universidade de Washington conseguiu criar ADN sintético e ai guardar 200MB de dados, que posteriormente recuperou.

Os 200MB de dados que foram colocados dentro do ADN foram constituídos por várias fontes. Um vídeo da banda banda Ok GO, cópias da Declaração Universal dos Direitos Humanos em vários idiomas, os 100 livros mais conhecidos do Projeto Gutenberg e a base de dados de sementes da Crop Trust foram comprimidos e colocados nesta experiência.

O resultado final foi armazenado num tubo de ensaio e tem um tamanho inferior ao de o bico de um lápis, o que mostra das capacidades desta nova técnica para armazenamento de dados.

Os seus autores revelaram que usando esta técnica toda a informação de um grande centro de dados pode ser comprimida para ocupar o espaço de alguns cubos de açúcar e que toda a informação da Internet caberia numa simples caixa de sapatos.

Como conseguem conter dados para ADN?

Para conseguir estes níveis de compressão, a informação é convertida do código binário para os 4 elementos que compõem o ADN (Adenina, Citosina, Guanina e a Timina). Para aceder aos dados, é apenas necessário reverter o processo, passando dos 4 elementos básicos para o código binário.

O armazenamento de dados em ADN sintético traz várias vantagens, face aos meios tradicionais. Para além da óbvia compressão conseguida, que permite ocupar muito menos espaço, este suporte é mais resistente, suportando melhor diferenças de temperaturas máximas e mínimas, e tem uma maior duração temporal.

200MB pode parecer um valor muito baixo e irrisório, se comparado com o que conseguimos hoje armazenar em dispositivos como uma pen USB ou um SSD, mas é o início de uma nova área que pode revolucionar o armazenamento de dados no futuro.


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