Arnold Schwarzenegger, 63 anos, rico e em boa forma, disponível

Agora fora do poder, Arnie diz que vai dar palestras, escrever e zelar pelo meio ambiente. E já se encontrou com James Cameron.

O batidíssimo cliché do "sonho americano" realizou-se na pessoa de Arnold Schwarzenegger, o filho de um polícia austríaco remediado, que nos EUA triunfou no mundo do espectáculo, primeiro como homem-músculo e a seguir como estrela de Hollywood; no mundo do dinheiro, como investidor com o toque de Midas; e no mundo da política, como governador da Califórnia pelo Partido Republicano. Tudo isto recusando-se a mudar o seu nome impronunciável para um nome artístico mais agradável ao ouvido e conhecendo ainda a suprema honra de ser regularmente satirizado em Os Simpsons.

A saída de cena política daquele que no cinema foi o "Terminator," e no estado da Califórnia o "Gubernator" já pôs os media americanos a perguntar: "What's next for Schwarzenegger?"

Aos 63 anos, o intérprete de Conan e os Bárbaros vai encontrar uma Hollywood que já não é aquela em que se transformou numa estrela de cinema à escala planetária, e onde o último filme que protagonizou como vedeta foi em 2003, Exterminador Implacável 3: Ascensão das Máquinas, de Jonathan Mostow. Mas que, na opinião de Howard Bragman, um veterano publicista da indústria cinematográfica americana, "continua a seus pés. As pessoas ainda o adoram. Ele pode fazer tudo o que lhe apetecer. Não tem nada para provar, é rico e tem um mundo de oportunidades à espera". Só que, ainda segundo Bragman, "ele já não pode é fingir que ainda tem 35 anos".

Numa rara resposta mais detalhada à pergunta "O que vai fazer a seguir?", Arnold Schwarzenegger disse na semana passada aos jornalistas, numa cerimónia pública, que pensava dar palestras, escrever um livro ou dois (por exemplo, a autobiografia) e continuar a fazer campanha pelo meio ambiente.

O produtor Mike Medavoy opinou, por seu lado: "Se o papel certo aparecer, estou certo de que Arnold poderá corresponder. Ele é único."