domingo, 16 de janeiro de 2011

Entrevista: José Manuel Coelho "Portugueses são masoquistas”


Correio da Manhã – Esteve no Palácio de Belém e foi à casa de férias do candidato Cavaco Silva. Qual é a sua estratégia na campanha?


José Manuel Coelho – O sr. professor Cavaco Silva adquiriu uma vivenda na urbanização da Coelha [Albufeira], mas não explicou aos portugueses qual foi a conservatória em que a registou. O que sabemos é que existem mais duas vivendas iguais à dele: uma pertence ao seu amigo Dias Loureiro e a outra pertence ao senhor Oliveira e Costa.
– É o seu principal adversário?
– Está a fazer mal ao nosso país. Não sou inimigo do professor Cavaco Silva. Eu sou adversário das ideias que ele defende. Não tenho nada contra o cidadão Cavaco Silva.
– Qual é o resultado que espera ter no dia 23 de Janeiro?
– Passar à segunda volta. Estou a ter grande adesão das pessoas.
– E o que é um mau resultado?
–Um mau resultado para mim é não conseguir passar à segunda volta.
– E acha que é possível?
– É possível. Os outros candidatos, além do professor Cavaco Silva, falam, falam, mas a mensagem não é clara. Nenhum deles quer combater a corrupção.
– É esse o seu principal combate?
– Sim. Alertar os portugueses contra os políticos profissionais que nos roubam e alertar o País para a situação antidemocrática que se vive na Madeira, onde os cidadãos são perseguidos por usar o seu direito de opinião.
– Qual é o seu principal obstáculo ou problema nesta campanha?
– O meu problema é obter a confiança dos portugueses. É fazer com que os portugueses acreditem em mim. Acabam por votar sempre nos mesmos, são masoquistas e acabam por votar naqueles que os enganam. É necessário que os portugueses tenham confiança. Sem confiança, não se muda e têm de ter confiança no José Manuel Coelho.
– Se não tivesse entrado na corrida a Belém em quem votava?
– Não votava em nenhum, porque todos eles são falsos.
PERFIL
José Manuel Coelho, 58 anos, deputado regional na Madeira pelo PND, já foi militante do PCP. Diz--se um "homem do povo" que não é doutor e só pretende gastar 7 mil euros na campanha. A sua caravana usa o táxi de um amigo para percorrer o País. 

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