Um atentado no aeroporto Domodedovo, em Moscovo, provocou pelo menos trinta e cinco mortos e mais de 130 feridos. Os primeiros relatos dão contam de uma violenta explosão provocada por um atentado suícida que terá ocorrido na zona de recolha de bagagens do terminal internacional do aeroporto mais movimentado da Federação Russa, cerca das 17 horas locais (14 horas em Lisboa).
Mais de metade dos feridos foram hospitalizados e, pelo menos, 35 encontram-e em estado grave.
As autoridades estão já a realizar buscas no metropolitano de Moscovo e noutros locais movimentados, perante a suspeita de novos ataques.
O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou o reforço de medidas de segurança para encontrar os autores do atentado e para impedir novos ataques terroristas.
"É preciso fazer todas as investigações para que o crime seja descoberto a quente", declarou Medvedev, durante uma reunião de emergência na sequência do atentado no aeroporto de Domodedovo.
Segundo uma das versões avançadas pelos serviços de segurança russos, a explosão foi provocada por um ou mais suicidas, mas as autoridades não excluem a possibilidade de o explosivo se encontrar numa das malas que estavam a ser desembarcadas.
"Visto que o controlo à entrada do aeroporto e nas partidas é muito forte, não é provável que o explosivo ou os explosivos tenham sido trazidos da cidade, mas devem ter sido trazidos de avião para Moscovo", declarou à Lusa uma fonte na segurança do Aeroporto Internacional Domodedovo.
COMUNIDADE INTERNACIONAL CONDENA ATAQUE
NATO, Alemanha, França e Bulgária já condenaram o ataque.
O secretário-geral da Aliança Atlântico mostrou-se "chocado" com o acontecimento. "Esta é uma ameaça comum que teremos de enfrentar unidos. A NATO expressa a sua solidariedade com o povo e o governo russos", declarou Anders Fogh Rasmussen.
O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, também condenou o atentado, que considerou "hediondo" e afirmou que se trata de um "acto terrorista bárbaro e cobarde".
A chanceler alemã, Angela Merkel, enviou uma mensagem ao presidente russo, na qual diz estar a acompanhar "com horror" as informações sobre "este atentado cobarde".
A Bulgária, através do Ministério dos Negóciso Estrangeiros, demonstrou a sua reprovação pelo ataque, defendendo que "nada justifica a morte de cidadãos inocentes". "Condenamos firmemente este ato terrorista, que matou e feriu dezenas de pessoas", declarou a porta-voz da diplomacia búlgara, Vesela Cherneva, em comunicado.
O Presidente búlgaro, Gueorgui Parvanov, endereçou uma carta de condolências ao seu homólogo russo para "exprimir a sua sincera compaixão e do povo búlgaro para com as famílias e amigos das vítimas".
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