Os relatórios forenses citados ontem no Tribunal Criminal de Manhattan confirmam a brutalidade do homicídio de Carlos Castro, cuja cara chegou a ser pisada. O cronista social morreu cinco horas antes de o seu corpo ter sido encontrado.
As confissões de Renato Seabra à polícia foram lidas ontem pelo juiz Anthony Ferrara, numa audiência realizada por videoconferência, que determinou que o modelo de 21 anos, acusado de matar o jornalista Carlos Castro, fica preso até 1 de Fevereiro, data da nova audiência.
Além de alguns pormenores já confirmados, como o facto de Seabra ter confessado que esfaqueou e castrou Carlos Castro com um saca-rolhas, o ministério público americano apresentou relatórios forenses que concluem que Carlos Castro foi pisado, já que tinha marcas da sola de um sapato no rosto. Os especialistas que analisaram o cadáver dizem ainda que o jornalista tinha uma fractura num osso do pescoço e várias marcas de estrangulamento: "a cara da vítima estava coberta de sangue e feridas", diz o relatório citado pelo New York Post.
O relatório forense declara a hora da morte de Carlos Castro pelas 14:00h do dia 7 de Janeiro, o que permite concluir que Renato Seabra, que foi visto a sair do Hotel InterContinental perto das 19:00h do mesmo dia, ficou no quarto com o corpo do cronista durante cinco horas. Duas amigas do jornalista de 65 anos estavam a entrar no hotel quando viram Renato Seabra e lhe perguntaram por Carlos Castro. O jovem respondeu "O Carlos nunca mais sai do hotel" e, pouco depois, o corpo foi descoberto. A procuradora-geral adjunta de Nova Iorque, Maxine Rosenthal, comentou que se trata de "um crime muito sério e violento".
Renato Seabra está detido na ala prisional do Hospital Bellevue, em Nova Iorque. A audiência de ontem com o Tribunal Criminal durou apenas 54 segundos (ver relacionado). Renato Seabra ficou a conhecer as acusações contra si e só será ouvido no Supremo Tribunal no dia 1 de Fevereiro. Se ficar provado que a confissão do crime à polícia foi feita em consciência, o jovem de Cantanhede será julgado; se se confessar culpado em Tribunal, o mais provável que o ministério público chegue a acordo com a defesa sobre qual a pena a cumprir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário