A hipertensão arterial poderá danificar a estrutura e função do cérebro a partir dos 40 anos de idade se não for controlada, conclui um estudo da Universidade da Califórnia divulgado na quarta-feira.
A pesquisa, publicada na revista médica The Lancet Neurology, permitiu detetar um "envelhecimento acelerado" do cérebro em pessoas que sofrem de hipertensão e de pré-hipertensão cerca dos 40 anos de idade.
Trata-se do primeiro estudo que demonstra existir danos estruturais nos cérebros dos adultos no início da idade madura como resultado da pressão arterial alta.
"A mensagem aqui é clara: As pessoas podem influenciar a saúde do seu cérebro em idade avançada, conhecendo e tratando a sua pressão arterial quando forem jovens", afirmou o professor de neurologia e diretor do Centro da Doença de Alzheimer da Universidade da Califórnia, DeCarli, envolvido na pesquisa.
Segundo o mesmo investigador, as pessoas que fizeram parte do estudo "eram normais do ponto de vista cognitivo, ou seja, a ausência de sintomas não significa nada".
A pressão arterial ideal é igual ou inferior a 120/80.
Outros estudos relacionam a pressão arterial elevada com um maior risco de lesão cerebral e atrofia, que conduz a um desempenho cognitivo reduzido e a uma maior probabilidade de demência, pelo que se considera que a hipertensão é um importante fator de risco "modificável" para a deterioração cognitiva na velhice.
Assim, o estudo conclui que a redução da pressão arterial a partir dos 40 anos e entre pessoas no início da sua velhice poderá ajudar a prevenir a demência.
A pesquisa, iniciada em 2009, abrangeu 579 pessoas de Framingham, no Estado norte-americano de Massachusetts, que tinham uma média de 39 anos.
Os investigadores constataram que a rigidez das artérias, com o processo de envelhecimento, causa num aumento da pressão arterial, o que diminui o fluxo de sangue para o cérebro.
Fonte: DN.PT
Fonte: DN.PT
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