Portugal vai precisar de novas contrações orçamentais em 2014 e 2015, avisa o Conselho das Finanças Públicas (CFP), na sua análise da proposta de Orçamento do Estado para 2013.
De acordo com o relatório do CFP hoje divulgado, "a combinação entre uma derrapagem do lado das receitas em 2012 e o aumento previsto das despesas em 2013 implica novas contrações orçamentais em 2014 e 2015, se o Governo mantiver os compromissos respeitantes aos anos posteriores a 2014 definidos no DEO [Documento de Estratégia Orçamental]/2012".
O CFP alerta também que "uma implicação importante da proposta de OE/2013 consiste no facto de o saldo primário permanecer negativo em 2012 e 2013, levando a subidas do rácio da dívida pública relativamente às projeções iniciais". Em média, ao longo dos quatro anos de 2013 a 2016 , a previsão para o rácio da dívida pública supera em cerca de 8,3% do PIB a projeção anterior, explica o relatório.
"Tal subida afetará as despesas com juros nos períodos seguintes, constituindo assim um fator de pressão adicional sobre o ajustamento orçamental e confirmando a necessidade de os objetivos da estratégia orçamental serem respeitados, em particular no que respeita aos défices global e primário em 2014 e nos anos seguintes", salienta o documento.
Fonte: Dinheiro Vivo
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