Os cientistas estão chocados com um nível recorde de poluição atmosférica. Na Alemanha foram divulgados os resultados contidos num relatório preparado pelo Instituto de Fontes de Energia Renovável (IWR). De acordo com o documento, o volume de gases estufa continua a aumentar.
Na Alemanha foi registrado um nível recorde de emissões industriais de gases de efeito estufa. Em 2011, a atmosfera terrestre foi atingida por 37 mil milhões de toneladas do dióxido de carbono que se considera a principal causa de mudanças climáticas ocorridas no nosso planeta. Cerca de 25% de emissões nocivas cabem à China, seguida pelos EUA e pelo Irã, segundo peritos na matéria. A Rússia vem demonstrando uma tendência inversa.
O perito do Instituto de Previsões Econômicas, Boris Porfiriev, explica o fato da redução com as transformações econômicas estruturais sucedidas na Rússia e as medidas de elevação da eficácia energética das instalações industriais.
"Se nos anos 90, a substancial redução de emissões aconteceu por causa da crise econômica, depois de 2000 a economia russa estava em vias de crescimento, o que levou ao aumento de emissão de gases estufa. Um ritmo médio anual de crescimento de emissões rondava 0,8-0,85%, enquanto que o crescimento econômico se estimava em 4% anuais. Estes são resultados importantes das mudanças estruturais ocorridas nos últimos 20 anos a favor de setores com o gasto de energia menor. Importa frisar a modernização tecnológica que teve lugar em uma série de indústrias".
A pesquisa de cientistas alemães foi publicada nas vésperas da 18ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas que se realizará na capital do Qatar, no período compreendido entre os dias 26 de novembro e 7 de dezembro. Os seus participantes deverão preparar um novo Acordo relativo à preservação do clima na Terra. Este ato poderá substituir o Protocolo de Kyoto, cuja vigência expira neste ano.
Os críticos do acordo têm posto em causa a sua eficiência por não ter reduzido a quantidade de emissões de gases estufa. Antes pelo contrário, a sua quantidade veio crescer quase duas vezes face ao ano de 1990. Os defensores, por sua vez, realçam que o Protocolo de Kyoto nunca visou a realização de super-projetos ou metas inexequíveis, difíceis de alcançar. A principal tarefa era chamar a atenção dos círculos sociais para o problema de mudanças climáticas, ressalta o perito da União Nacional de Empresários e Industriais, Mikhail Yulkin.
"Não se pode dizer que a tentativa foi frustrada. Os países industrializados conseguiram cumprir os compromissos assumidos no sentido de garantir a diminuição de 5% face ao ano 1990. As emissões foram reduzidas nessa parte do Globo. Outra coisa é que elas crescerem em outra parte do mundo que era isenta de tais obrigações".
Os projetos verdes com vista a diminuir o efeito de gases estufa estão a ser implementados também na Rússia, prevendo a reutilização de gás, a introdução de novas tecnologias e o uso de biocombustível.
A Rússia, o Japão, o Canadá e uma série de outros países tomaram a decisão de não participar no 2º período do Acordo de Kyoto. A causa disso reside em que os gigantes industriais como os EUA e a China não tinham aderido ao Acordo. Mas isto não significa que a Rússia se recusa a cumprir a promessa de passar ao uso de combustíveis com baixo teor de carbono, reputa Oleg Plujnikov, do Ministério do Desenvolvimento Econômico.
"O governo está a examinar a hipótese de tomar compromissos internos fazendo com que as emissões sejam 25% inferiores relativamente ao nível de 1990. Espero que a EU siga o nosso exemplo. Espero que em Doha tal medida possa ser ao menos acordada. O importante é que a Rússia se mantenha ativa nesta abordagem".É verdade que a Rússia está interessada em que o novo Acordo Sobre as Mudanças Climáticas seja abrangente, podendo integrar o maior número possível de países signatários, acentuou a finalizar o perito.
Fonte: Voz da Rússia
Fonte: Voz da Rússia
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