sábado, 12 de março de 2011

Protestos: SIS e PSP vigiam ‘Geração à Rasca’



Principais líderes do manifesto ‘Geração à Rasca’ foram investigados pelas polícias. SIS e PSP vão controlar e vigiar onze manifestações de amanhã.
Mal se soube da convocação da primeira manifestação da chamada ‘Geração à Rasca’ para Lisboa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) iniciou logo várias reuniões de emergência com os Serviços de Informações e Segurança (SIS). A preparação da operação de vigilância em todo o País passou pela investigação de blogues e redes sociais dos principais dirigentes do movimento, a começar no Facebook. As polícias temem a infiltração de grupos radicais da extrema-direita e da extrema-esquerda nas 11 manifestações que acontecem amanhã em todo o País (ver apoios).
A PSP continuava ontem a ultimar os planos de uma operação de policiamento para a manifestação na avenida da Liberdade, em Lisboa, mas também das restantes um pouco por todo o País. Os patrulheiros e os agentes de Equipas de Intervenção Rápida serão, porém, os únicos elementos policiais fardados com que os manifestantes se irão deparar.
Todo o restante dispositivo empenhado nesta operação será constituído maioritariamente por investigadores à civil, atentos a infiltrações no protesto por parte de militantes radicais, da extrema-direita, do Partido Nacional Renovador, mas também de grupos da extrema-esquerda. Os jovens que na segunda-feira interromperam o discurso de José Sócrates, em Viseu, queixam-se de ter recebido ameaças e temem que na manifestação de amanhã ocorram situações que visem "descredibilizar" o movimento.
"DESACATOS DE INFILTRADOS"
Viseu é uma das onze cidades onde os jovens do movimento se vão manifestar, esperando-se que no Rossio protestem mais de mil pessoas. O episódio de segunda--feira foi uma alavanca do movimento em Viseu, tendo os manifestantes recebido "muitas mensagens de apoio mas também ameaças de vária ordem", disse ontem ao CM Paulo Agante, de 24 anos, um dos líderes do grupo. Kátia Outeiro, de 23 anos, garante que pretendem protestar de "forma pacífica por um País melhor" pelo que não entendem a forma como "estão a ser criticados" por alguns sectores da política. Agante teme que na manifestação de amanhã "pessoas infiltradas provoquem desacatos". A PSP prepara "com todo o cuidado" a manifestação de amanhã à tarde, onde vai estar com um dispositivo "à altura das necessidades".

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