Vítima indignada por suspeito ter saído em liberdade dois dias após ser detido.
O provérbio diz que o ladrão regressa sempre ao local do crime. E desta vez confirmou-se. O homem que assaltou o restaurante Afonso III, em Loulé, no sábado, foi ao local dois dias depois pedir desculpa ao dono.
"Na segunda-feira, estava eu no restaurante, aparece ele com um amigo", conta João Guerreiro. "Veio ter comigo e pediu-me desculpa pelo assalto", acrescenta.
Independentemente do pedido, João Guerreiro ficou perplexo por o homem estar em liberdade. "Eu, a GNR e a Polícia Judiciária andámos uma tarde à procura dele e dois dias depois, quando vai a tribunal, é posto cá fora?", questiona-se, ele que ajudou as autoridades, pois reconheceu o assaltante, que mora próximo do restaurante.
Recorde-se que durante o assalto, por volta das 13h00 de sábado, o assaltante apontou uma pistola à nuca do proprietário do restaurante. A arma, no entanto, viria a revelar-se uma réplica em plástico.
"Depois de as autoridades me dizerem que ele já tinha cadastro e de o sujeito confessar o crime, pergunto aos ministros da Justiça e da Administração Interna que justiça é esta que temos em Portugal?", continua João Guerreiro.
"Diariamente comerciantes como eu são vítimas de assaltos perpetrados por pessoas que, após serem detidos, são soltos quase imediatamente", lamenta.
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