Paulo Portas fez uma referência, já no final do seu discurso, à saída precoce de José Sócrates do debate parlamentar, acusando o primeiro-ministro de preferir falar às 20h para as televisões, num acto de "propaganda", do que falar às instituições.
No seu discurso esta tarde no Parlamento, o líder do CDS-PP disse que "não há volta a dar a esta situação" de crise económica e política, acusando o Governo de ter um discurso de "curandeiros enganosos".
Antes, o líder do CDS-PP acusou o Governo de ter um discurso enganador: "Como é que há um mâs havia folga orçamental (...) e eis se não quando aí está o PEC IV, especialmente agressivo com os pensionistas mais pobres".
Paulo Portas deixou um pedido ao Governo: "tenha a humildade de perceber que se Portugal vier a precisar de ajuda externa é porque o governo trouxe o país a esta calamidade que só tem comparação com o que aconteceu em Portugal no séc. XIX".
Há um ano pedi ao primeiro-ministro para se retirar. Devia ter-nos dado ouvidos Paulo Portas
O líder do CDS-PP recordou que já há um ano havia pedido a demissão de José Sócrates: "Há um ano pedi ao primeiro-ministro para se retirar. Devia ter-nos dado ouvidos. Teríamos ganho um ano em realismo".
Paulo Portas acusou ainda José Sócrates de deixar que a "crise acontecesse" ao ignorar os apelos do Presidente da República.
As acusações estenderam-se ao PSD com o líder do CDS-PP a afirmar que "ou houve demasiada complacência do PSD para com o Governo, ou há insuficiente explicação para o que agora os separa".
“O PS escolheu a crise e o PSD aceitou-a. Do CDS, o trajecto é o da coerência e nos dias que correm a coerência é uma forma rara de autoridade”, disse Paulo Portas.
Fonte: @SAPO
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