De acordo com o estudo Primavera 2011 apresentado hoje pela consultora Aguirre Newman, as maiores quebras registaram-se em Campo de Ourique, com as rendas das lojas ‘prime' (as mais bem localizadas) a descer perto dos 10%. No entanto, em média, as rendas das lojas em Campo de Ourique, e também nas Avenidas Novas, caíram entre 3% e 8%.
"Estes números encontram justificação nalguma redução da procura que originou maior disponibilidade dos proprietários na negociação das rendas dos espaços devolutos", pode ler-se no estudo.
Na Avenida da Liberdade - uma localização de topo para o comércio de rua - as quebras foram de apenas 3%, as mesmas que na Rua Augusta. Segundo a Aguirre Newman, só as rendas na Rua Garrett, Chiado e Parque das Nações é que se mantiveram inalteradas.
Contudo, segundo João Andrade, responsável pela área de consultoria da Aguirre Newman, o comércio de rua foi um dos mercado imobiliários mais dinâmicos de 2010, superando a procura por centos comerciais, um segmento que está a sofrer "uma certa estagnação", disse o mesmo responsável.
Para este ano é de esperar a mesma disponibilidade dos proprietários para negociar rendas, o que pode levar a novas quebras ou pelo menos á manutenção de rendas mais baixas do que era habitual, mas com algumas excepções, como é o caso do Chiado.
"Há retalhistas interessados em pagar 500 ou 600 mil euros para ficar com uma loja que está ocupada e onde as rendas são de 60 ou 70 euros/m2/mês", salienta Paulo Silva, referindo-se ao Chiado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário