quarta-feira, 2 de março de 2011

Sócrates aterra em Berlim com juros bem acima de 7%


Merkel recebe hoje José Sócrates e Teixeira dos Santos.
Há 19 dias que o risco da dívida portuguesa não cai abaixo dos 7%.
No dia em que José Sócrates e Teixeira dos Santos vão a Berlim para se encontrar com Angela Merkel, o juro sobre Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos agrava-se ligeiramente para 7,466%, o que significa que há dezanove dias que não cai abaixo dos 7%.
No Domingo passado, num artigo dedicado à crise de dívida portuguesa, o Financial Times referia que tanto a Grécia como a Irlanda recorreram à UE e ao FMI depois de os juros das suas OT subirem acima dos 7% durante 13 e 15 dias, respectivamente.
Michael Winfield, da Reuters, escrevia hoje que "o resgate a Portugal parece ser um decisão tomada", apesar "da constante negação por parte dos seus políticos, com os mercados de dívida a sugerir que a concordância [por parte do Governo] é uma questão de tempo".
Em mês de Conselho Europeu e de reunião do Eurogrupo, tem aumentado, nos mercados, a especulação em torno de um possível pedido de ajuda por parte do Executivo de José Sócrates. Isto numa altura em que fontes de Bruxelas já avançaram que em cima da mesa, no Conselho Europeu extraordinário, a 11 de Março, estará um relatório sobre a situação portuguesa, e depois de Teixeira dos Santos ter sinalizado, no início da semana, que Março será um mês decisivo.
Hoje foi também dia de a agência de notação financeira S&P se manifestar, dois dias depois daquele que seria o prazo limite para tomar uma decisão em relação à avaliação da dívida portuguesa - que estava em revisão desde Novembro.
A Standard & Poor's decidiu não mexer no ‘rating' de Portugal, actualmente de A-, mas mantém a nota do País em vigilância negativa, para uma possível revisão em baixa. Um 'downgrade' que poderá ser, no máximo, de dois níveis.
Apesar de reconhecer que o Governo português "realizou progressos na sua estabilização orçamental e nas reformas económicas nos últimos meses", a S&P avisa que "o País poderá ver-se forçado a recorrer ao fundo de resgate europeu".

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