Os EUA reiteraram ontem que vão reagir caso o Irão tente bloquear o Estreito de Ormuz como resposta a uma eventual aprovação de sanções contra as suas exportações de petróleo.
"Deixámos muito claro que os EUA não irão tolerar que o Estreito de Ormuz seja bloqueado", afirmou ontem o secretário norte-americano da Defesa, Leon Panetta. "Esse é um ponto inegociável para nós, e iremos responder [a um bloqueio]", acrescentou Panetta, após o Irão ter reiterado a sua ameaça de bloquear a passagem de navios caso sejam aplicadas sanções ocidentais contra as suas exportações de petróleo. "Se os inimigos bloquearem as exportações do nosso petróleo, não permitiremos que passe uma gota de crude pelo Estreito de Ormuz", afirmou ontem um porta-voz dos Guardas da Revolução.
A escalada de tensão na região levou, recorde-se, o Reino Unido a anunciar, sábado, o envio para a região do seu mais avançado navio de guerra britânico, o contratorpedeiro ‘HMS Daring’.
Como se não bastasse, o Irão, que acaba de realizar manobras navais no Golfo Pérsico para demonstrar a sua capacidade para fechar o Estreito, anunciou ontem que vai começar a enriquecer urânio no seu novo ‘bunker’ subterrâneo de Fordow, o que deverá aumentar ainda mais a tensão com o Ocidente, face às crescentes suspeitas de que Teerão pretende fabricar armas nucleares. O Irão já tinha anunciado que estava a transferir parte das actividades relacionadas com o seu programa nuclear para o novo ‘bunker’ no centro do país. Entretanto, o presidente Mahmoud Ahmadinejad iniciou ontem, na Venezuela, um périplo por vários países da América Latina.
Fonte: Correio da Manhã
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