O histórico socialista diz que as novas avaliações da Standard & Poor's são "ridículas" e classifica a agência de "lixo".
Na sua habitual coluna de opinião, no Diário de Notícias, Mário Soares escreve hoje que "na sexta-feira à tarde, 13 de Janeiro, deflagrou uma 'bomba' antieuropeia de grandes proporções". E aponta o culpado: "foi a agência de 'rating' Standard & Poor's, de má memória, que a lançou, com as suas ridículas avaliações, retirando um A aos três que a França tanto se orgulhava de ostentar. Isto a cem dias das próximas eleições presidenciais, que tanto preocupam - e com razão - Nicolas Sarkozy".
O histórico socialista frisa ainda que não foi só a França que perdeu prestigio, "foi também a Áustria, que parecia tão certinha, que perdeu um A, a Espanha, que tinha dois A e também perdeu um, a Itália, que passou de A para B, e os sete países da zona euro que desceram das suas posições".
Mário Soares critica ainda duramente a S&P por ter reduzido o 'rating' de Portugal para um nível considerado 'lixo'. "Portugal é lixo? Permita-me que responda aos anónimos da Standard & Poor's: lixo são eles. E do pior! Porque estão ao serviço de sórdidos interesses materiais, até agora irresponsavelmente e com total impunidade".
O ex-Presidente da República acusa o Governo português, por intermédio de Vítor Gaspar, de ter reagido ao corte da S&P "um pouco a medo". "Deverá talvez ter ficado engasgado com o desplante dos anónimos das empresas de 'rating' que aliás partilham da mesma ideologia do ministro, visto que também põe os mercados - e o dinheiro - acima das pessoas, dos Estados e dos valores éticos.
Para Mário Soares, o Executivo de Passos deveria ter posto uma acção contra a S&P, "reclamando uma pesada indemnização, a pagar ao Estado português, dados os maléficos que efectivamente lhe causou, com essa simples frase, tão desagradável para Portugal".
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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