Há mais de cem anos no mercado, a Kodak apresenta agora sinais de fragilidade, com o surgimento da era digital.
Depois dos rumores dos últimos meses, o gigante mundial fotográfico Kodak, que tornou a fotografia num fenómeno de massas há mais de cem anos e chegou a Portugal em 1919, apresentou hoje um pedido de falência voluntária no tribunal de Nova Iorque e diz que assim terá mais protecção face aos credores.
A kodak afirma que esta declaração é uma estratégia para a recuperação e reorganização da empresa, pretendendo, assim, obter liquidez nos Estados Unidos da América e no estrangeiro para rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, resolver a situação dos passivos e poder, com isto, concentrar-se nos negócios mais competitivos. A empresa quer proteger activos no valor de 5,1 mil milhões de dólares e dívida de 6,8 mil milhões de dólares.
Segundo o comunicado da empresa, este pedido não inclui as subsidiárias fora dos Estados Unidos. No entanto, a empresa pretende cumprir o pagamento dos salários e manter os serviços aos consumidores nos Estados Unidos da América.
Fundada em 1888 e com sede em Rochester (Nova Iorque), a Kodak tem dedicado a maior parte dos investimentos dos últimos anos à área digital e ao material de alta tecnologia que geraram, no ano passado, 75% das receitas.
Apesar de tentar acompanhar a evolução dos tempos, a empresa tem estado com dificuldades financeiras crescentes.
Aliado a isto, está o facto da empresa estar, desde o inicio do ano, sob ameaça de expulsão da bolsa de Wall Street, devido à queda acentuada do valor das acções.
A agência de notação financeira Moody's também tinha reduzido entretanto a nota de solvabilidade do grupo para 'Caa3', nível que reflete um verdadeiro risco de falta de pagamento da dívida.
O primeiro contacto dos portugueses com a fotografia, através da Kodak, foi com a câmara Brownie, lançada em todo o mundo a um dólar, em 1900, assinala o grupo na breve descrição histórica que disponibiliza no seu portal.
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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