O fim da obrigação de existência de tarifa bi-horária na electricidade vai provocar um aumento de 8% na factura em 2013, para além do aumento já previsto de 1,5%, alerta a Quercus.
A Quercus considera fundamental a continuação da tarifa bi-horária que, neste momento, só está disponível na EDP Serviço Universal para pequenos consumidores. A ERSE deve exigir que essa oferta seja assegurada pelos fornecedores de energia eléctrica no futuro mercado liberalizado, considera a associação.
Utilizando os simuladores existentes para escolha de tarifário de electricidade, a vantagem da tarifa bi-horária para os consumidores é clara e o fim desta modalidade vai provocar uma subida do preço de electricidade de 8% na factura das famílias portuguesas em 2013, para além do aumento esperado de 1,5% sobre a tarifa.
A Quercus considera que a maioria das famílias portuguesas ainda não se apercebeu que as regras actuais de fornecimento e preços estão prestes a terminar e acusa o Governo de não ter dado informação suficiente para que os consumidores escolham em consciência.
«Até ao final do ano vão ter de contratar um novo fornecedor de energia eléctrica», disse ao SOL Ana Rita Antunes, do Grupo de Energia e Alterações Climáticas da Quercus, que afirma que depois de uma simulação no site da ERSE se conclui que só duas empresas do mercado livre é que oferecem a tarifa bi-horária.
As tarifas bi e tri-horária, nas quais existem diferentes preços de electricidade consoante as horas a que é consumida, têm como objectivo suavizar os picos de consumo e aumentar o consumo durante a noite e fim-de-semana, quando os preços são mais baixos.
Menos eficiência energética
Do ponto de vista ambiental, a Quercus explica que um dos principais problemas da infra-estrutura de produção e transporte de electricidade em Portugal é o sobredimensionamento exigido pelos picos de potência que nos dias úteis acontecem 18h e as 21h e a fraca procura durante o final da madrugada entre as 4h e as 6h da manhã. É durante a noite que existe uma maior fracção de produção renovável, nomeadamente de energia eólica, que seria importante aproveitar.
A Quercus considera, por isso, fundamental que continue a existir tarifa bi-horária, que, neste momento, só está disponível na EDP Serviço Universal para pequenos consumidores. Para a associação, a ERSE deve exigir que esta modalidade seja assegurada pelos fornecedores de energia no futuro mercado liberalizado.
A Associação vai enviar uma carta à ERSE e ao Secretário de Estado da Energia a exigir que as tarifas bi-horária e tri-horária não sejam abandonadas pelos evidentes benefícios ambientais e económicos que trazem ao país e aos consumidores.
Fonte: Sol
Fonte: Sol
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