domingo, 29 de janeiro de 2012

União Europeia: Bruxelas quer travar protecionismo chinês

Comissário Karel de Gucht quer mais abertura nos mercados públicos chineses
Comissão prepara retaliação na área dos serviços. Sem mais acesso para as companhias da UE, os mercados públicos europeus serão fechados para as empresas da China.

O comissário europeu responsável pelo comércio, Karel De Gucht, anunciou que a UE está a preparar um projecto de lei sobre mercados públicos que visa responder ao protecionismo chinês neste setor.

Segundo o comissário, as empresas chinesas poderiam perder o acesso aos mercados públicos na Europa, já a partir de março. As medidas serão aplicadas caso os chineses continuem a bloquear o acesso dos europeus a "alguns segmentos do mercado", disse De Gucht, falando à revista alemã Focus. O comissário criticou a China por "práticas comerciais nacionalistas" e acusou Pequim de recorrer a subsídios em larga escala e "acesso monopolístico às matérias-primas".

A frustração dos europeus no comércio contrasta com a intenção de associar os chineses ao plano de salvamento da zona euro. Notícias provenientes de Pequim dão conta do maior interesse da China em investir no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, um dos pilares do plano de salvamento do euro, e cujo aumento foi decidido em dezembro.

Em 2010, a UE exportou para a China produtos no valor de 113 mil milhões de euros e importou 281 mil milhões de euros. Em relação a 2009, as exportações cresceram 38%. Estes números são muito superiores aos das trocas no setor dos serviços. Ali, a Europa tem vantagem, mas as suas exportações para a China são de apenas 20 mil milhões de euros.

A recuperação económica mundial passa pelo aumento das trocas comerciais e os europeus querem evitar uma vaga de protecionismo em países como Índia, China ou Brasil. Outra ideia é a de avançar com um grande acordo de livre comércio entre União Europeia e Estados Unidos.

Fonte: DN.PT

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