Fundo Monetário Internacional anunciou hoje que pretende aumentar a sua capacidade de empréstimos em 500 mil milhões de dólares para ajudar a resolver a crise da dívida da Zona Euro. EUA e Canadá defendem que tem de ser a Zona Euro a resolver os seus próprios problemas.
Os Estados Unidos reiteraram hoje a sua posição de que não querem aumentar os seus contributos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) de modo a ajudar a resolver a crise da dívida. O Canadá tem a mesma opinião: os novos recursos devem ser dados pela Zona Euro.
A declaração do Tesouro norte-americano, cujo secretário é Timothy Geithner (na foto), acontece no dia em que o FMI divulgou a intenção de expandir a sua capacidade de concessão de crédito em 500 mil milhões de dólares (393 mil milhões de euros), de forma a combater a crise que actualmente se sente na Europa, devido à intensificação da crise da dívida, e de modo a proteger um contágio dessa crise ao resto do mundo.
"Já dissemos aos nossos parceiros internacionais que não temos qualquer intenção de procurar recursos adicionais [para o FMI]", indicou o Tesouro norte-americano, citado pela Bloomberg.
"Continuamos a acreditar que o FMI pode desempenhar um papel importante na Europa, mas apenas como um complemento aos esforços da Europa", salientam os EUA. No "e-mail" citado pela Bloomberg, o Tesouro escreve que o FMI não pode ser um substituto para as próprias medidas a implementar pela Europa, medidas que têm de impedir a intensificação da crise na região.
A mesma opinião tem o Canadá. O governador do banco central, Mark Carney, defendeu que os recursos adicionais pretendidos pelo FMI devem vir da Europa, já que é para resolver um problema desse continente. Ainda assim, Carney salientou que este é um assunto que ainda terá de ser discutido.
Dos 500 mil milhões de dólares que a entidade liderada por Christine Lagarde pretende arrecadar entre os seus membros, 200 mil milhões serão pagos por países da União Europeia, como acordado pelos líderes europeus em Dezembro.
O FMI não assinalou como pretende alcançar os restantes 300 mil milhões, mas a Bloomberg avançou, segundo uma fonte dos G20, que deverá fazer pressão para maiores contributos por parte da China, Brasil, Rússia, Índia, Japão e os países exportadores de petróleo.
Fonte: Jornal de Negócios
Fonte: Jornal de Negócios
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