O confronto entre a família da juíza, Ana Carriço, e o advogado, de 35 anos, começa quando a menina se recusa a estar junto do pai. Cláudio tenta continuar perto da criança, mas a juíza, juntamente com a mãe, a tia-avó e um vizinho tiram-na à força. Por esta altura, já o engenheiro, de 62 anos, pegou na arma. O revólver .32 cai ao chão e o homicida apanha-o. Os confrontos sucedem-se: a menina é entregue ao avô, enquanto a tia-avó de Ana agarra o advogado.
“Façam as campanhas que quiserem, eu também tenho aqui testemunhas”, grita Cláudio, enquanto dá um estalo à tia-avó.
A mulher cai ao chão e, ao contrário da tese da defesa, que alegava que o advogado tinha colocado a mão ao bolso fingindo que tinha uma arma, Cláudio permanece imóvel. Ferreira da Silva, ainda com a neta ao colo, pega no revólver e, sem hesitar, dispara, atingindo a vítima no peito. Ana Carriço grita, horrorizada, mas Ferreira da Silva não pára. Volta a disparar uma segunda vez e o tiro passa ao lado. Desesperado, o advogado tenta fugir, mas o homicida dispara mais quatro vezes, acertando-lhe nas costas. Mesmo já sem balas, o engenheiro continua a disparar em seco. “Acabou, acabou, acabou”, grita o homem.
Segundos depois, Ferreira da Silva entrega a neta à filha e pede–lhe que vá embora. Conceição, namorada do advogado, que estava grávida de seis meses, e a sobrinha, que filmava a discussão, só se apercebem de que a arma é verdadeira quando Cláudio cai ao chão. “O que é que você fez? Isto é uma arma de verdade?”, pergunta Conceição.
Antes de sair do local, o engenheiro ainda diz: “Vou entregar–me à polícia.”
“AMO-TE FILHOTA”, DISSE CLÁUDIO NO FACEBOOK
No dia anterior ao da tragédia, Cláudio deixou uma mensagem no Facebook: “Amo-te filhota! O papá hoje foi humilhado, fizeram-lhe mal, fizeram-te mal! Mas tu nem o sentirás e o papá irá compensar-te desta privação humilhante, prometo-te querida! Até amanhã às 11, vamos ter duas horas só para nós! A vida é bela!”
No dia seguinte, Cláudio chega ao Parque da Mamarrosa acompanhado pela namorada (Conceição) e pela sobrinha da namorada (Liliana). Estas garantem que a menina brincou feliz com o pai até que este foi ao carro para ir buscar comida para dar aos patos. Depois, a menina terá falado com a família da mãe e, desde aí, rejeitou a aproximação do pai. Tudo se descontrolou.
INDICIADO POR HOMICÍDIO SIMPLES
Ferreira da Silva foi indiciado por homicídio simples e ficou em prisão preventiva por decisão do juiz de Águeda. Segundo Paulo Brandão, juiz-presidente da Comarca do Baixo Vouga, a juíza encarregue da regulamentação do poder paternal fez várias recomendações à mãe da criança, que não foram respeitadas. “Um relatório efectuado por uma psicóloga, que acompanhava o processo, sugeria uma reaproximação da criança ao pai”, revelou o magistrado, adiantando que foi proposto à mãe da criança que as visitas fossem efectuadas na Segurança Social. “Também foi dito que avisasse os seus pais para evitar discussões”, confirmou.
Fonte: CM
Na minha opinião a principal responsável pelo que aconteceu, foi a mãe da criança já que deveria aconselhar a segurança social para que as visitas do pai, fossem feitas na referida instituição, e até porque é uma pessoa ligada á justiça em Portugal, sendo assim deveria evitar o que aconteceu.
ResponderExcluir