Os portugueses nunca pagaram tanto por um litro de gasolina. Os preços voltaram a subir e a gasolina custa agora 1,564 euros.
Tal como o Económico antecipou na última sexta-feira, as gasolineiras voltaram a subir os preços dos combustíveis.
A Galp aumentou o preço do litro da gasolina em 3 cêntimos, enquanto o gasóleo ficou mais caro em 1 cêntimo, avançou fonte da empresa ao Económico. Nos postos da petrolífera nacional um litro de gasolina custa agora 1,564 euros, enquanto o gasóleo vale 1,404 euros o litro.
Também a Cepsa já mexeu nos preços dos combustíveis, com um aumento de 1,3 cêntimos para o gasóleo e de 2,7 cêntimos para a gasolina. Aqui, um litro de gasolina custa agora 1,559 euros enquanto a gasóleo vale 1,407 euros o litro.
BP e Repsol ainda não mexeram nos preços, mas tal como vem sendo hábito devem proceder a actualizações similares durante esta madrugada.
As gasolineiras de marca branca também subiram os preços. No caso d'Os Mosqueteiros, que controla os supermercados Ecomarché e Intermarché, "em média, os aumentos previstos para esta semana deverão rondar um cêntimo por litro no gasóleo e dois cêntimos por cada litro nas gasolinas, acompanhando a tendência internacional", disse ao Diário Económico fonte oficial da empresa.
Com as subidas desta semana, o preço da gasolina avançou para o valor mais elevado de sempre, enquanto o ‘diesel' está a 2,4 cêntimos do máximo histórico registado em 2008.
Desde o início do ano, o preço do gasóleo já subiu mais de 13 cêntimos, enquanto a gasolina encareceu 8 cêntimos. A influenciar a subida da matéria-prima está o aumento do petróleo nos mercados internacionais, que superou já a barreira dos 100 dólares por barril e a subida dos produtos refinados nos mercados internacionais.
Face aos actuais preços, a ANTROP admite novas subidas nas tarifas dos transportes públicos se o Governo não tomar medidas excepcionais devido ao preço dos combustíveis. "Se isto continua assim é uma medida necessária, porque, neste momento, são as empresas que estão a prestar serviço público, a suportar este acréscimo extraordinário de custos", disse Luís Cabaço Martins, o presidente da ANTROP. Em Janeiro houve um aumento dos transportes públicos de 3,5% nas áreas metropolitanas e de 4,5% no resto do País.
Já as associações representativas das transportadoras rodoviárias decidiram sábado dar 10 dias ao Governo para que sejam atendidas as suas reivindicações, nomeadamente a criação do gasóleo profissional e descontos nas portagens das ex-Scuts. Para já, está afastada a realização de uma paralisação, como sucedeu em 2008.
Partidos reclamam explicações
Os partidos são unânimes na necessidade de explicações sobre a fixação do preço dos combustíveis, mas dividem-se relativamente às soluções possíveis, seja ao nível do regulador ou de eventuais alterações legislativas.
Passos Coelho pede mais acção à Autoridade da Concorrência (AdC) para resolver a "divergência" entre os preços praticados nas bombas e as flutuações do petróleo nos mercados internacionais.
Já o líder do CDS-PP, Paulo Portas, defende a realização de um estudo independente que "ponha a nu o fracasso" da AdC, acusando o regulador de "subserviência" relativamente aos interesses instalados.
O deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, anunciou que o partido vai apresentar esta semana um projecto-lei para a adopção de um "mecanismo de transparência" na fixação do preço dos combustíveis, impedindo a especulação e definindo "preços máximos unitários de venda"
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