O encontro de Cláudio Rio Mendes com a filha, de quatro anos, no parque da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro, e que terminou com este a ser assassinado pelo pai da ex-companheira, o engenheiro Ferreira da Silva, foi filmado por ambas as partes.
De facto, foi mesmo o engenheiro, que matou o advogado quando tinha a neta ao colo, quem começou a filmar o encontro de forma que provasse que o pai não tinha condições para estar com a menina. Ferreira da Silva aproveitou uma altura em que criança se encontrava a chorar para gravar a cena. A situação gerou revolta em Conceição, namorada da vítima, que pediu à sobrinha Liliana que filmasse também com o telemóvel. A rapidez dos acontecimentos levou a jovem a gravar o exacto momento em que o advogado foi assassinado.
Após a detenção, Ferreira da Silva entregou a máquina que continha o vídeo dos primeiros momentos à PJ. O filme foi também junto ao processo e, apesar de a possibilidade de vir a servir como prova ser muito remota, poderá ser essencial para perceber exactamente o que desencadeou o homicídio.
Para a família de Cláudio o importante agora é o bem-estar da neta. Os pais do advogado já manifestaram a vontade de pedir a guarda da criança e segunda-feira vão reunir-se com os advogados que têm em mãos o processo do poder paternal.
"Eles vão reunir--se com um advogado e ver o que podem fazer. A grande vontade deles é ficarem com a guarda da criança, mas se tal não acontecer querem pelo menos que a menina possa passar fins-de--semana e férias com eles", explicou ao CM António, um amigo da família.
Continuar a luta que o filho travou durante vários anos é também um dos motivos que levam a que a família queira pedir a guarda da criança, que se encontra a morar com a mãe, a juíza Ana Carriço. A família acredita mesmo que essa seria a vontade do advogado.
Fonte: CM
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