domingo, 17 de abril de 2011

Eleições: "Com estas entrevistas é difícil votar em Nobre"

Paulo Portas, líder do CDS/PP
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, criticou hoje as declarações de Fernando Nobre avisando que assim se torna "muito difícil" ter o voto dos centristas e alertando que não são os políticos que impõem condições aos eleitores, mas o contrário.

"Se este tipo de entrevistas continuar, é evidente que é muito difícil votar no doutor Fernando Nobre e eu quero dizê-lo com toda a lealdade e toda a franqueza", disse Paulo Portas aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de Apoio ao Idoso e Família (CAIF) do Centro de Bem-Estar de Queluz.

Declarações que surgem na sequência de uma entrevista de Fernando Nobre ao jornal Expresso, em que diz: "Se não for eleito presidente da Assembleia da República renuncio de imediato".

Nessa mesma entrevista, feita por telefone, a partir do Sri Lanka, onde Fernando Nobre se encontra numa missão, o candidato às próximas eleições legislativas afirma que não é candidato a deputado e garante que "o exclusivo e inequívoco propósito da sua candidatura pelo PSD é presidir ao Parlamento".

"Não são os políticos que impõem condições aos eleitores, são os eleitores que impõem condições aos políticos. E, por isso, este tipo de entrevistas, em que alguém diz 'a mim se não me elegerem presidente, eu amuo e vou embora' não dignificam a política e dificultam o voto no doutor Fernando Nobre", afirmou hoje o líder do CDS-PP.

Paulo Portas entende que a entrevista dada por Fernando Nobre "não é o melhor exemplo de humildade, nem é o melhor exemplo de cidadania" e sublinha que "se este tipo de entrevistas continuar, é evidente que é muito difícil votar no doutor Fernando Nobre".

"Mas se ele não for eleito e ainda assim quiser ser, humildemente, deputado e cumprir o mandato que o povo lhe der, seremos com certeza excelentes colegas", ironizou o líder dos democratas-cristãos.

Aproveitando a visita às instalações do Centro de Bem-Estar de Queluz, Paulo Portas chamou a atenção para o facto de o CDS-PP ser o único, "dos três partidos do chamado arco da responsabilidade", que dá atenção "prioritária" aos mais fragilizados e aos que têm menos posses.

"O PS e o PSD nas suas negociações orçamentais marimbaram na questão social e deixaram de fora da mesa das negociações aqueles que em Portugal são mais pobres, são mais vulneráveis e são mais fracos, refiro-me aos idosos", criticou Paulo Portas.

O líder do CDS-PP defendeu a necessidade de "flexibilizar, simplificar e desburocratizar" os regulamentos da Segurança Social em relação a instituições de apoio aos mais idosos e às suas famílias.

""s vezes são tantas as normas, são tantas as exigências, são tantas as dificuldades que se calhar no país mais rico do mundo podiam fazer sentido. Num país que tem muita pobreza, que tem muitos idosos e que precisa como pão para a boca que estas instituições possam chegar ao máximo de gente, eu prefiro proteger um idoso a cumprir escrupulosamente um regulamento burocrático", defendeu.

Portas disse ouvir "queixas em todo o lado" sobre o facto de os regulamentos da Segurança Social serem "demasiado pesados, demasiado rígidos, demasiado burocráticos" e defendeu que "é preciso flexibilizar os regulamentos para humanizar o tratamento".

Fonte: DN.PT

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