O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, afirmou hoje que o FMI chegou a Portugal “depois de fracassos gigantescos na Irlanda e na Grécia”, condenando a “enorme chantagem” de que está a ser alvo o país.
Durante a apresentação dos candidatos a deputados do Bloco de Esquerda pelo círculo do Porto, Francisco Louçã chamou a atenção para a “enorme chantagem que há sobre” Portugal, dando o exemplo das muitas notícias de primeira página dos últimos dias onde se avança que irá haver perda de subsídios e pensões e cortes nos salários em consequência das negociações com a troika.
“São sinetas que vão batendo sempre, chantagem pura”, criticou.
Segundo o líder do Bloco de Esquerda, “o FMI chega a Portugal depois de fracassos gigantescos na Irlanda e na Grécia”.
“Há mais desemprego: fracasso; há juros mais altos: fracasso; há mais precariedade: fracasso; há mais desprezo pelas pessoas: fracasso; há menos serviços de saúde: fracasso. Fracassos monumentais”, enumerou.
Segundo Louçã a chantagem que é feita a Portugal é que “este é o único caminho, não pode ser outro, desistam do vosso país”.
“Nós não desistimos. E por isso à chantagem dizemos simplesmente: não desistimos”, garantiu.
O bloquista avançou que o esforço do partido será “apresentar ao país uma alternativa esforçada de propostas concretas, de mobilização orçamentada, de ideias que possam trazer força e que possam basear-se nas experiências, na confiança que o movimento social, que a opinião pública, que a esquerda de valores pode trazer à sociedade para lhe trazer uma resposta”.
“E isso é também uma forma de enfrentar esta ideia da ajuda. A ajuda do FMI que traz hoje mesmo os juros da dívida já ao nível dos 12 por cento”, condenou.
Francisco Louçã antecipou também aqueles que são os objetivos do Bloco de Esquerda para o distrito do Porto nas próximas legislativas de 5 de junho.
“Queremos que o Bloco de Esquerda consolide a posição das últimas legislativas, seja mais forte (…) e por isso, sim, definimos como objetivo disputar esses 704 votos que faltam para a eleição de uma quarta representação no Parlamento [pelo Distrito do Porto] para que no país inteiro o Bloco de Esquerda seja mais forte”, sublinhou.
O cabeça de lista do partido pelo Porto será o mesmo das legislativas de 2009, João Semedo, seguindo-se os também deputados Catarina Martins e José Soeiro.
Foi ainda entregue aos jornalistas a “prestação de contas” do trabalho dos três deputados bloquistas pelo círculo do Porto no ano e meio da XI legislatura, tendo feitas mais de 100 visitas e sessões públicas em todos os concelhos do distrito.
Os três deputados do Porto foram os signatários de 51 projetos de lei, 22 projetos de resolução, quatro apreciações parlamentares, tendo ainda entregue cerca de mil requerimentos e perguntas na Assembleia da República.
Fonte: @Lusa / Sapo
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