A SIC teve acesso aos documentos entregues esta terça-feira ao "grand jury" do tribunal de Nova Iorque na audiência de Renato Seabra. No conjunto de elementos disponibilizados para o comité avaliar o crime estão a confissão na íntegra de Renato à polícia nova-iorquina e uma lista de objectos apreendidos.
A confissão do jovem acusado do homicídio de Carlos Castro não está na primeira pessoa. Organiza-se em frases curtas e sempre com a mesma estrutura. À cabeça do texto pode ler-se: "O acusado afirmou que assassinou Carlos Castro".
Renato Seabra contou à polícia que chegou a Nova Iorque no dia 29 de Dezembro de 2010 com Carlos Castro. Descreveu depois que no dia 7 de Janeiro de 2011, no quarto 3416, ele e Castro trocaram acusações que levaram a uma discussão. Os momentos que se seguiram, Renato também os pormenoriza à polícia.
"O acusado afirmou que agarrou Carlos pelo pescoço e arrastou-o para o chão enquanto exercia pressão sobre a sua traqueia. O acusado afirmou que esfaqueou Carlos com um saca-rolhas na área genital e na cara. O acusado afirmou que cortou os testículos de Carlos com o saca-rolhas".
Renato confessou ainda que agrediu Carlos Castro na cabeça com um portátil e que lhe pisou a cara. De acordo com o documento da polícia, o jovem disse ainda que as agressões a Carlos Castro duraram uma hora. Depois, "tirou as roupas que tinha, tomou um banho, vestiu um fato e saiu do quarto".
O jovem fez depois referência ao encontro repentino que teve no hall do hotel com os amigos com quem ele e Castro tinham combinado jantar nessa noite. Refere que foi bastante "evasivo"face às perguntas que lhe faziam sobre Castro e que depois de muita insistência decidiu abandonar o hotel e apanhar um táxi para o Hospital St. Luke.
Os Documentos (Originais):
Os Documentos (Originais):
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