O Irão afirmou que tem provas do envolvimento dos serviços secretos norte-americanos no assassínio de um cientista nuclear em Teerão. E altos responsáveis americanos acusaram o Irão de fornecer armas ao regime sírio para a repressão dos protestos no país
Segundo responsáveis norte-americanos citados, sob anonimato, pela agência AFP, o comandante da unidade de elite dos Guardas da Revolução iranianos, Qasem Suleiman, esteve este mês em Damasco – uma visita que Washington considera um sinal concreto de que a ajuda iraniana à Síria inclui equipamento militar usado para a repressão da oposição. “Estamos convencidos de que ele foi recebido ao mais alto nível pelo regime sírio, incluindo pelo presidente Assad”, disse um dos responsáveis.
A televisão estatal do Irão, por seu turno, acusou directamente os EUA no caso do assassínio de um cientista nuclear na semana passada.
“Temos documentos fiáveis que mostram que esta acção terrorista foi planeada, conduzida e apoiada pela CIA”, garantiu o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros numa carta à embaixada da Suíça, que representa os interesses norte-americanos em Teerão desde o encerramento da embaixada após 1979. “Os documentos mostram claramente que a acção foi levada a cabo com o envolvimento directo de agentes ligados à CIA.”
Até agora, os analistas apontam o dedo à Mossad, notando que os ataques contra figuras ligadas ao programa nuclear (cinco nos últimos dois anos) têm características do modo de operar dos serviços secretos israelitas.
A tensão entre EUA e Irão está a subir, com Washington a liderar uma campanha para um embargo ao petróleo iraniano e uma ameaça de encerramento do estreito de Ormuz por parte de Teerão, ao que os EUA já responderam que agiriam para o reabrir, o que implicaria sempre uma acção militar que, para além de trazer riscos (uma batalha num local que tem cerca de 54 quilómetros de largura), faria subir os preços do petróleo.
Fonte: Publico
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