Os cientistas registraram um grande escapamento de metano no fundo do Oceano Glacial Ártico. Os especialistas estão alarmados a emissão de uma grande quantidade de gás nesta região pode acarretar a alteração do clima mundial.
Durante dois anos os ecólogos rastreiam a concentração do metano nas águas do Oceano Ártico. Foi registrada a concentração elevada deste gás junto do litoral da península de Alasca, no mar de Laptev, no mar da Sibéria Oriental e no mar de Chukchi. Este gás não representa perigo enquanto se encontra no fundo, sob grande pressão. Ocorre, porém que ele começou a escapar para a superfície, e este já é um motivo para a preocupação. Os especialistas reputam que a elevação brusca da concentração do gás na atmosfera pode resultar na grande intensificação do efeito de estufa. Acontece que agora este processo está ganhando vulto, afirma Igor Semiletov, chefe do laboratório de pesquisas árticas junto do Instituto de Oceanologia do Pacífico da Academia de Ciências Russa.
“Enquanto existiam solos eternamente gelados, o metano simplesmente não podia abrir caminho através das águas, para a atmosfera. Mas a degradação dos solos submarinos gelados faz que surjam vias de escapamento de gás. Aquilo que revelamos comprova que existem vias de escapamento de gás e que o solo eternamente gelado do fundo não é continuo mas, sim, esburacado”.
De acordo com o cientista, as reservas potenciais do metano no fundo são de uma ordem três vezes mais alta do que na atmosfera. Se pelo menos 2% deste volume penetrar na atmosfera, terá lugar o aquecimento brusco do clima, o que irá acarretar uma catástrofe para a humanidade. Aliás, não se pode afirmar com toda a certeza que os solos eternamente gelados continuem a derreter-se. No Instituto do Ártico e da Antártida de Petersburgo estudam regularmente os gelos em diversas regiões do Oceano Glacial Ártico. Os especialistas constatam que a partir de 2008 na parte leste do oceano verifica-se o aumento sistemático do manto de gelo. Fala o chefe do “Laboratório do regime de gelos” deste instituto Aleksandr Yulin.
“Nós, aqui, no instituto, estamos unânimes na opinião de que de que está chegando a época de anos mais frios. Durante a temporada passada vários navios que navegavam nesta região sofreram lesões por causa dos gelos grossos, o que jamais houve nos últimos dez anos”.
Tudo isso permite adotar uma posição de otimismo comedido. A tendência de esfriamento comprova que o processo de emissão de metano para a atmosfera talvez se torne menos intenso. Aliás, os cientistas não estão prontos a responder, por quanto tempo irá prolongar-se este processo.
Fonte: Voz da Rússia
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