Banca francesa e britânica intensificou a preparação de planos de contingência para lidar com a eventual saída da Grécia do euro.
A intensificação dos planos dos bancos gauleses, entre eles o Credit Agricole, o BNP Paribas e o Societe Generale, surge depois de fontes de Bruxelas terem avançado no início da semana que um grupo de trabalho do Eurogrupo tinha acordado a preparação individual, da parte dos países do euro, de planos de contingência para enfrentar um possível regresso do dracma.
"Todos os bancos têm um grupo de trabalho que está agora a avaliar as potenciais consequências de um regresso ao dracma", adiantou um banqueiro parisiense à Reuters.
No mesmo sentido, um consultor de bancos franceses avançou que "os bancos estão a fazer planos de contingência em relação a uma saída da Grécia, mas podemos entender porque não o admitem publicamente".
Outro consultor de vários bancos europeus referiu, por seu turno, que os bancos franceses aceleraram a sua preparação para fazer face ao cenário de abandono da Grécia na sequência de solicitações dos reguladores ao longo das duas últimas semanas.
Contactados, BNP Paribas, Societe General e Credit Agricole recusaram comentar. Também o regulador do sistema financeiro francês, ACP, não quis fazer qualquer comentário sobre uma aceleração dos planos de contingência dos bancos do país.
Estas informações contrariam, contudo, algumas fontes de reguladores franceses, segundo as quais uma saída da Grécia permanece uma hipótese de tal forma remota que não há motivo para desenhar planos deste género para já.
O governador do banco central francês Christian Noyer disse na semana passada que os reguladores franceses não estavam a testar activamente os bancos para um cenário de abandono grego, apesar de ter referido que nenhum "ficaria numa situação de dificuldade" nesse cenário.
No final de Dezembro, os bancos franceses tinham uma exposição de 35,4 mil milhões de euros a dívida grega, de acordo com dados preliminares do Banco de Pagamentos Internacional (BPI).
Mas não serão só os bancos franceses a acelerar os planos para a eventual saída da Grécia. Também no Reino Unido, as instituições já se preparam, e até há mais tempo, para essa hipótese.
"No Reino Unido, o sector financeiro já começou com este tipo de planeamento de contingência há semanas, meses", afirmou Hubert de Vauplane, um sócio do escritório de advocacia Kramer Levin, em Paris. "Creio que existe um maior nível de preparação em Londres do que em Paris. Por razões políticas, os bancos franceses têm estado mais reticentes", acrescentou.
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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