Semanário alemão dá conta que o FMI tem cada vez mais dúvidas sobre a capacidade de a Grécia consolidar as contas públicas.
O Der Spiegel avançou ontem que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está a perder confiança na capacidade de Atenas resolver os desequilíbrios orçamentais e diminuir a sua elevada dívida pública para 120% do PIB em 2020.
Citando um documento interno do FMI, a publicação alemã afirma que a instituição de Washington considera que o actual programa de ajustamento económico e financeiro da Grécia é insuficiente e que é necessário avançar com novas medidas se o país quiser evitar o 'default' e cumprir as metas acordadas com os credores.
O Der Spiegel escreve ainda que o FMI só vê três formas de salvar a Grécia: ou Atenas avança com mais medidas de austeridade, ou os credores aumentam o perdão da dívida helénica, ou, por último, a zona euro reforça o resgate ao país.
Também ontem, um conselheiro do ministro das Finanças alemão Wolfgang Schaeuble admitiu a um jornal grego que o perdão de 50% da dívida grega, acordado na cimeira europeia de Outubro, já não é suficiente para colocar o país num caminho sustentável. Na última segunda-feira, a Reuters noticiou que o Governo alemão teria em mãos uma proposta para uma redução de 75% da dívida helénica. Nesse dia, Berlim não desmentiu a notícia e adiantou que estava próximo um acordo com Atenas.
Recorde-se que o Governo de Lucas Papademos retomou este mês as conversações com a 'troika', com enfoque para a "constituição de um plano de ajustamento económico credível para o período entre 2012 e 2015". E o primeiro-ministro grego já deixou o aviso: "sem este acordo e o consequente financiamento, a Grécia enfrenta em Março o risco imediato de um incumprimento desordenado".
Fonte: Económia
Fonte: Económia
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