Wellington Menezes, o jovem de 24 anos que foi notícia em todo mundo por ter executado 12 alunos numa escola do Realengo, oeste do Rio de Janeiro, no dia 7 de Abril, foi enterrado ontem anonimamente, como mendigo. Uma das raras testemunhas foi o coveiro, Leandro Silva, de 25 anos, que não gostou do serviço.
"Ele nem merecia ser enterrado", afirmou Leandro, que, por coincidência, vive no Realengo e sentiu o massacre e ainda teve de enterrar o criminoso: "Isto foi um enterro diferente para mim. Não podia esquecer quem estava no caixão."
Wellington foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, na zona portuária do Rio, numa área destinada a mendigos e pessoas não identificadas. Ficou em campa rasa não identificada por não ter sido reclamado pela família.
O prazo para a família reclamar o corpo expirava no final do dia, mas o enterro, decidido de surpresa, talvez para evitar uma invasão de curiosos, teve lugar de manhã. Quem organizou o funeral foi a Santa Casa de Misericórdia, pois nenhum dos cinco irmãos adoptivos, de quem Wel-lington se queixou em cartas e vídeos de o terem desprezado, reclamou o corpo ou tomou qualquer outra iniciativa.
Entretanto, uma das vítimas de Wellington, Taiane Monteiro, de 13 anos, voltou a ser operada de urgência. O pai, Jorgelino Santos Júnior, afirmou que o estado da filha se agrava de dia para dia e que os médicos não dizem à família o que está a acontecer.
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