Uma equipa internacional de astrónomos anunciou hoje a descoberta de um planeta iluminado por quatro sóis, no que é o primeiro sistema estelar deste tipo observado até hoje, noticia a AFP.
O planeta, batizado PH1, situado a mais de cinco mil anos-luz da Terra [um ano-luz corresponde a 9,461 biliões (milhão de milhões) de quilómetros], orbita em torno de dois sóis, em volta dos quais também evoluem duas estrelas.
Este sistema planetário circumbinário duplo foi descoberto por dois astrónomos amadores dos EUA, Kian Jek e Robert Gagliano.
Astrónomos profissionais norte-americanos e britânicos efetuaram depois observações e medidas com os telescópios Keck situados no monte Mauna Kea, no Havai.
"Os planetas circumbinários representam o que há de mais extremo na formação planetária", realçou Meg Schwamb, um investigador da Universidade de Yale, no Estado do Connecticut, principal autor da pesquisa, apresentada na conferência anual da Divisão de Paleontologia da Sociedade Americana de Astronomia, reunida em Reno, no Estado do Nevada.
"A descoberta de tais sistemas satelitários força-nos a repensar como estes planetas se podem formar e evoluir em tais ambientes", acrescentou, em comunicado.
A descoberta foi colocada em linha no sítio da internet arXiv.org e submetida para publicação ao "Astrophysical Journal".
O PH1, um planeta gasoso gigante da mesma dimensão de Neptuno, representando cerca de seis vezes a da Terra, desloca-se em torno das duas primeiras estrelas, cuja massa respetiva é equivalente a 1,5 e 0,41 vezes a do Sol da Terra, em 138 dias.
As outras duas estrelas evoluem em torno deste sistema planetário a uma distância equivalente a mil vezes a da Terra ao Sol.
O sítio Planethunters.org foi criado em 2010 para encorajar os astrónomos amadores a identificar exoplanetas, planetas situados fora do nosso sistema solar, com a informação obtida com o telescópio espacial norte-americano Kepler.
Este telescópio, lançado em março de 2009, tem por objetivo procurar exoplanetas similares à Terra em órbita em torno de outras estrelas.
Fonte: DN.PT
Fonte: DN.PT
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