quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cientista propõe destruir asteroide para diminuir aquecimento global

Asteroide
Cientistas escoceses inventaram um método radical de luta contra o aquecimento global. Propõem neutralizar uma parte da luz solar dirigida à Terra com a ajuda de uma nuvem gigantesca de poeira.

Esta poeira poderá ser recebida a partir de um asteroide, colocando nele um canhão eletromagnético. O canhão irá destruir a matéria do corpo espacial, lançando um "jato" de poeira e, ao mesmo tempo, impelir o asteroide em direção a um ponto necessário.

Será necessário criar a nuvem de poeira no chamado ponto de Lagrange, linha entre o Sol e a Terra, onde seus campos gravitacionais se compensam reciprocamente. Será necessário também “instalar” na mesma zona um ou alguns asteroides. A formação de uma nuvem de poeira exigirá esforços e meios gigantescos, diz Vladimir Surdin, astrofísico do Instituto de Astronomia Sternberg:

“Para dispersar tal quantidade de partículas e cobrir a Terra, será necessário um asteroide bastante grande, que deve ser quebrado, distribuindo a substância produzida numa área de milhares de quilômetros quadrados. As despesas ligadas à realização de tal projeto serão colossais”.

Mas o problema não consiste apenas no custo do projeto, continua Vladimir Surdin:

“Será necessário fornecer sempre nova poeira, desintegrando cada vez novos asteroides. Ao mesmo tempo, a poeira lançada do ponto de Lagrange irá envolver gradualmente a Terra e deste modo será poluído fortemente o espaço circumterrestre, onde funcionam muitos satélites, inclusive o SOHO, observatório da NASA lançado há muitos anos. Se poluirmos o ponto de Lagrange, muitos aparelhos espaciais poderão simplesmente deixar de existir”.

Os escoceses alegam os prognósticos climatéricos: a temperatura mundial subirá no fim deste século cerca de 6,5 graus. Se for possível transportar para o ponto de Lagrange o asteroide Ganymed de 32 km, que se encontra próximo da Terra, ele poderá formar uma nuvem de poeira, capaz de neutralizar 7% da luz solar, compensando assim o aquecimento global. Mas, por enquanto, é impossível deslocar tais corpos espaciais. Ao mesmo tempo, muitos cientistas receiam que uma nuvem de poeira espacial possa levar a consequências imprevistas na Terra. Eis a opinião de Dmitri Vibe, astrofísico do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia:

“Esta ideia deve ser analisada por especialistas em climatologia. Uma nuvem de poeira reduzirá o nível de radiação solar e, em resultado, a temperatura na Terra diminuirá, como todos nós desejamos. Mas a temperatura continuará a cair. E não sabemos qual será o comportamento desta nuvem não controlada, que pode ser ainda mais perigosa do que um asteroide que se aproxime do planeta”.

É melhor não fragmentar asteroides e controlar o clima com métodos terrestres, renunciando, em particular, à combustão de hidrocarbonetos, sustenta o astrofísico Vladimir Surdin. Hoje, a humanidade passa gradualmente a utilizar fontes de energia ecologicamente limpas, energia eólica, marítima e solar, que são suficientes para a nossa civilização. É necessário apenas aprender a utilizá-las eficazmente. A ideia dos cientistas escoceses é atraente, mas não e realizável, resume Vladimir Surdin.

Fonte: Voz da Rússia

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