Com as 'Yields', os CDS e o 'spread' face às 'bunds' alemãs a disparar, aumentam as probabilidade de um pedido de resgate em Espanha.
O risco de bancarrota em Espanha atingiu um novo recorde e ascende já a 37%, de acordo com os preços da consultora CMA. A probabilidade de a Espanha entrar em incumprimento está a crescer rapidamente à medida que os juros da dívida espanhola continuam a disparar.
O preço dos credit default swaps (CDS) sobre Obrigações do Tesouro (OT) espanhol a 10 anos, que funcionam como uma espécie de seguro que os investidores pagam para se protegerem de um cenário de incumprimento por parte de um país, é o que mais sobe no mundo. De acordo com o monitor da Bloomberg, que analisa 59 países, os CDS de Espanha sobem 17,9 pontos para os 520,75 pontos base.
As ‘yields' das OT espanholas também sobem em quase todos os prazos no mercado fora de balcão (OTC), onde é negociada a maior parte da dívida. A ‘yield' dos títulos a 5 anos, por exemplo, sobe até aos 5,048%, enquanto na maturidade a 10 anos rasgou a barreira dos 6%, fixando-se nos 6,094%.
Já o diferencial face às ‘bunds' alemãs, outro indicador de risco avaliado pelos investidores, também progride. As linhas de OT a 10 anos que estão a ser negociadas neste momento indicam que o diferencial face as ‘bunds' alemãs sobe 11,3 pontos para os 432,3 pontos. Este valor fica acima da média diária dos últimos três meses, fixada em 334,3 pontos.
Espanha vai amanhã realizar um leilão para vender dívida de curto prazo. O país de Mariano Rajoy volta a testar a confiança dos investidores no mercado primário de dívida ao realizar um leilão de Obrigações do Tesouro a 2 e 10 anos.
"O foco está em Espanha e no contágio", diz Elisabeth Afseth, uma analista da Investec Bank Plc in London. "Não existe um fundo de resgate suficientemente grande para ajudar tanto Espanha como Itália", acrescenta.
Fonte: Económico
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