O alardeado Google Drive chegou, mas e agora, deve-se colocar nele todos os arquivos que se tem no computador? É sempre bom pensar antes de agir, como mostra Rodrigo Ghedin, do Gizmodo.
Ele foi procurar na política de privacidade da gigante de buscas o que há ali que possa tratar do serviço de armazenamento em núvem da companhia, já que os termos foram unificados. E achou dois trechos preocupantes; o primeiro afirma que não há garantias de funcionamento, já o segundo diz claramente que qualquer coisa hospedada com o Google passa a pertencer ao Google.
Dentro da seção “Nossas garantias e isenções de responsabilidade” há o aviso de que, “exceto quando expressamente previsto nestes termos ou em termos adicionais, nem o Google, nem seus fornecedores ou distribuidores oferecem quaisquer garantias sobre os serviços“.
“Por exemplo, não nos responsabilizamos pelos conteúdos nos serviços, por funcionalidades específicas do serviço, ou pela confiabilidade, disponibilidade ou capacidade de atender suas necessidades. Fornecemos os serviços ‘na forma em que estão’”, continua o texto. “Certas jurisdições prevêem determinadas garantias, como a garantia de comerciabilidade implícita,
adequação a uma finalidade específica e não violação. Na medida permitida por lei, excluímos todas as garantias.”
A outra parte soa ainda mais grave, pois diz que “quando você faz upload ou de algum modo envia conteúdo a nossos Serviços, você concede ao Google (e àqueles com quem trabalhamos) uma licença mundial para usar, hospedar, armazenar, reproduzir, modificar, criar obras derivadas (como aquelas resultantes de traduções, adaptações ou outras alterações que fazemos para que seu conteúdo funcione melhor com nossos Serviços), comunicar, publicar, executar e exibir publicamente e distribuir tal conteúdo”.
De acordo com a companhia, “os direitos que você concede nesta licença são para os fins restritos de operação, promoção e melhoria de nossos Serviços e de desenvolver novos Serviços. Essa licença perdura mesmo que você deixe de usar nossos Serviços (por exemplo, uma listagem de empresa que você adicionou ao Google Maps). Alguns Serviços podem oferecer-lhe modos de acessar e remover conteúdos que foram fornecidos para aquele Serviço. Além disso, em alguns de nossos Serviços, existem termos ou configurações que restringem o escopo de nosso uso do conteúdo enviado nesses Serviços. Certifique-se de que você tem os direitos necessários para nos conceder a licença de qualquer conteúdo que você enviar a nossos Serviços”.
O Gizmodo ressalta que, embora a falta de garantias quanto à estabilidade do produto não seja exclusividade do Google, a ideia de a empresa guardar para si os direitos de tudo o que for hospedado por ela parece única. Os termos do Windows Live, por exemplo, dizem, em nome da Microsoft: “Exceto materiais que licenciamos para você, não reivindicamos a propriedade do conteúdo fornecido por você no serviço. O seu conteúdo permanece seu conteúdo. Também não controlamos, verificamos ou endossamos o conteúdo que você e outros disponibilizam no serviço.”
Fonte: Redação Adnews
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