Uma degradação da economia espanhola teria consequências incalculáveis para a economia mundial. Segundo o The Washington Post, um agravar da crise em Espanha seria suficiente para conduzir a economia mundial a uma "depressão persistente" e teria inúmeras repercussões, até mesmo complicar a reeleição de Barack Obama à frente dos Estados Unidos.
"Se a crise em Espanha acentuar, por sua vez, a crise na Europa, poderá levar toda a economia mundial a uma depressão persistente", assegura Robert Samuelson, um dos editores do jornal, num artigo de opinião.
Segundo escreve, as ramificações da crise seriam "enormes". Até Barack Obama poderia sentir os efeitos da destruição que Espanha poderia provocar na economia ao conduzir a uma recuperação "mais débil" nos Estados Unidos e, dificultar a reeleição do Presidente. Também a coesão política ficaria afectada, com um maior mal-estar social na Europa e maiores pressões em vários países.
Para o editor do jornal, Grécia, Portugal e Irlanda, quando estiveram nesta situação, tiveram de ser resgatados. O problema, diz Samuelson, é que Espanha tem o dobro da dimensão destes três países juntos. Itália não fica de fora da crítica uma vez que apresenta uma situação "financeiramente precária".
"Na verdade ninguém tem uma solução clara para colocar fim à luta financeira da Europa. Talvez Espanha e Itália escapem à calamidade. Ou talvez mais empréstimos à última hora comprem tempo para que o resto da economia sobreviva e tire a Europa do abismo. Ou talvez não", assinala.
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