segunda-feira, 9 de abril de 2012

Inventor propôs alternativa aos aviões

Inventor propôs alternativa aos aviões
O inventor Daryl Oster da Flórida propôs uma alternativa ao transporte aéreo. O novo sistema de alta velocidade é chamado de Tecnologias de Transporte em Tubo de Vácuo (Evacuated Tube Transport Technologies, ЕТТ) e é semelhante ao correio pneumático. Mas em vez de cartas e cargas leves o tubo leva um “trem” com passageiros. Especialistas russos questionam a possibilidade de utilização de expressos “voadores” na realidade. É um brinquedo demasiado caro e perigoso.

A essência do projeto, em geral, é bastante simples. Cápsulas de levitação magnética herméticas de 6 lugares se movimentam no interior de um tubo com um diâmetro de 1,5 metros completamente vazado de ar. Uma vez que as “carruagens” não tocam nas paredes, a resistência aerodinâmica é praticamente reduzida a zero. Assim, o custo de circulação é reduzido em dezenas de vezes e a velocidade pode variar entre os 600 e os 6,500 km/h. Seria uma boa alternativa ao transporte aéreo. Supõe-se que até 2013 já será construído um modelo de trem “de vácuo” com uma velocidade estimada de 600-1000 km/h. Este comboio deverá se deslocar dentro de um túnel subterrâneo. No entanto, em vez de vácuo, no início será simplesmente reduzida a pressão de ar.

Certamente, a ideia de trem pneumático merece atenção, mas tem um alto risco para os potenciais passageiros, acredita Yuri Ognev, gerente do programa educacional “Construção de aviões e helicópteros” da Universidade Federal do Extremo Oriente da Rússia:

“Esta ideia tem um significado prático, embora não seja nova. Ela pode ser aplicada na prática, mas duvido que sejam transportes de passageiros. Mais provavelmente transportes de carga, porque é perigoso. Será perigoso viajar nessas cápsulas a tais velocidades. Especialmente dentro de um vácuo. Seria bastante difícil garantir a segurança dos passageiros. Uma versão de carga poderia ser, talvez, facilmente implementada.”

Especialistas do Instituto de Problemas Biomédicos da Academia de Ciências russa também partilham os receios de seus colegas. No caso de despressurização das cabines as pessoas morrerão em poucos segundos. Se simplesmente houver baixa pressão de ar, será possível salvar-se usando máscaras de oxigênio. A segunda questão muito importante é o custo. Neste sentido, a nova forma de transporte ainda perde, claramente, a concorrência com os meios clássicos de transporte, diz o diretor de desenvolvimento do bloco “Tecnologias espaciais e Telecomunicações” da fundação Skolkovo, Dmitri Payson:

“Se queremos substituir, por exemplo, um transporte aéreo de longo alcance por este tipo de transporte por tubo, devemos primeiro construir viadutos apropriados. E não há razão para ter certeza que os gastos em infra-estrutura permitiriam, no final, atingir a eficácia econômica de um projeto deste tipo. Portanto, resumindo: fisicamente, provavelmente, isso pode ser realizável a nível de modelo. Mas só poderemos falar da implementação global desse projeto como uma iniciativa economicamente eficaz após uma análise financeira muito cuidadosa dos custos de construção da respetiva infra-estrutura.”

Apesar da controvérsia do projeto, o americano Daryl Oster já vendeu mais de 60 licenças para o sistema de transporte de alta velocidade ETT a 6 países. Sua ideia ousada causou particular interesse na China, que pretende ser um dos primeiros a iniciar a construção do sistema de trem “de vácuo”.

Fonte: Voz da Rússia

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