sexta-feira, 13 de abril de 2012

Defesa: Militares de prevenção para agir em 48 horas na Guiné

Militares de prevenção para agir em 48 horas na Guiné
A Força de Reação Imediata (FRI) portuguesa está em estado de alerta para intervir num prazo de 48 horas na Guiné Bissau, quando o ministro da Defesa e as chefias militares estão reunidas para analisar a situação.

No quadro dos planos de contingência que as Forças Armadas mantêm em permanência, a FRI - assente em meios e militares dos três ramos, estes maioritariamente das forças especiais e de operações especiais elevaram o seu estado de prontidão para a eventualidade de haver uma intervenção para evacuar cidadãos portugueses.

A par da reunião do ministro José Pedro Aguiar Branco com as chefias militares, para uma eventual operação conjunta, a crise guineense está a ser gerida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Esta nova crise na Guiné-Bissau é vista por fontes ouvidas pelo DN como mais um episódio das tensões étnicas naquele país lusófono: os balantas (guerreiros por natureza) dominam as Forças Armadas, "é o único poder que têm", enfatizou um analista, mas não têm peso político.

Daí que usem o instrumento militar para se fazerem ouvir, ainda para mais num momento de algum vazio de poder. "Neste momento ninguém manda", frisou uma das fontes, aludindo ao período eleitoral, a um primeiro-ministro que se candidatou à presidência e a um Presidente da República interino.

Quanto a uma eventual operação das Forças Armadas portuguesas, numa fase de fortes constrangimentos financeiros, há questões de natureza diplomática que é preciso acautelar previamente, uma das quais o apoio que Cabo Verde daria para utilização do seu território.

Uma operação aérea está condicionada à partida pela situação no aeroporto de Bissau: se ele for encerrado, "não há hipótese" de avançar, assegurou uma fonte militar.

A alternativa, a exemplo do que sucedeu na crise de 1998, passa por utilizar aeroportos de países vizinhos, cuja autorização prévia é necessária.

Outra opção é o recurso a meios navais, como se verificou na referida operação de 1998.

Segundo fontes ouvidas pelo DN, os militares da FRI estão a recolher informações e a planear uma eventual missão, a verificar o tipo de material e armamento necessário, entre outros pormenores.

À luz de situações anteriores, uma operação humanitária para recolha de cidadãos nacionais no estrangeiro é complexa e envolve bastantes meios - um dos quais, o navio polivalente logístico, continua a não existir.

Fonte: DN.PT

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Extensor peniano