A crise mundial será "o fim do império americano e a ascensão da China" disse o músico norte-americano Moby que na noite de sexta-feira participou em Gaia no Festival Marés Vivas.
"Tudo vai acabar bem, o mundo vai ficar bem mas isto será o fim do império americano e é a ascensão da China. A China neste momento é dona da América, da Europa. Com esta crise, a China é dona de toda a dívida", disse Moby à Lusa momentos antes de subir ao palco da praia do Cabedelo para interpretar alguns dos seus maiores sucessos.
Aos 45 anos, Moby acredita mesmo que "é bom que o império americano chegue ao fim" até porque surgiu apenas quando "a Europa no século XX foi destruída por duas guerras", e quando a "China e a Rússia eram países comunistas" e os EUA "eram o único país estável".
"Agora, no século XXI, assiste-se à ascensão da Europa, da China, da Índia, da América do Sul e do sudeste asiático e a América vai continuar a decair. Daqui a 100 anos haverá um equilíbrio entre a China, a Índia, América do Sul e Europa", alvitrou o cabeça de cartaz do segundo dia do Festival Marés Vivas.
Em tom crítico, o nova-iorquino salientou ainda que um dos maiores erros cometidos pelos americanos, tal como pelos europeus, "foi o de olhar para outros países assumindo que eram iguais".
"A maior parte dos problemas políticos que estão hoje a acontecer, a um nível geopolítico, são o resultado do imperialismo. Seria útil ao ocidente estudar um pouco mais de História", frisou.
O músico defendeu porém que "a Europa é tão mais saudável que os EUA" e que países como Portugal, Dinamarca e os Países Baixos "estão a perceber como conseguir um bom equilíbrio entre o setor público e o privado".
Por isso mesmo, considerou até que "a Europa pode ensinar este equilíbrio ao resto do mundo" e que "se cada país tentasse ser como a Dinamarca, o mundo seria muito melhor".
Fonte: DN.PT
Fonte: DN.PT
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