O Presidente da República, Cavaco Silva, manifestou-se hoje, terça-feira, preocupado "acima de tudo" com os cidadãos que não têm rendimentos suficientes para serem abrangidos pelo imposto extraordinário que incidirá em 50 por cento do subsídio de Natal.
"A minha preocupação está acima de tudo naqueles que, por não terem rendimentos suficientes, não pagam qualquer imposto extraordinário", afirmou Cavaco Silva aos jornalistas.
Questionado sobre as regiões autónomas reivindicarem as receitas desse imposto, o Presidente da República preferiu referir-se àqueles que não serão abrangidos por não terem rendimentos suficientes.
"São muitos dos desempregados, são muitos daqueles que se encontram em situação de exclusão social, são doentes crónicos, são famílias de muitos baixos rendimentos", afirmou, à margem da inauguração de um equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras.
"A nossa atenção tem que estar principalmente nesses que não têm rendimentos para poderem pagar o imposto extraordinário", insistiu.
Sobre a necessidade daquele imposto, o chefe de Estado respondeu: "O senhor ministro das Finanças já teve ocasião de explicar a razão pela qual o Governo fez essa proposta".
Questionado sobre os eventuais efeitos recessivos que poderá ter na economia, Cavaco Silva afirmou que o crescimento económico só acontecerá "pela via do aumento da produção de bens que concorrem com a produção estrangeira".
Por isso, declarou, "todas as ações que se desenvolvem devem ser avaliadas em termos do seu efeito sobre a competitividade das empresas e o seu efeito sobre o emprego", referindo que tem vindo a fazer "múltiplos apelos" ao aumento da "capacidade exportadora".
Fonte: DN.PT
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