Cada vez mais, as famílias endividadas procuram uma solução junto da justiça. Os números revelam que, pela primeira vez, as insolvências de pessoas singulares já ultrapassaram as de empresas.
O número de famílias endividadas, que este ano já foram declaradas insolventes, aumentou 187% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de pessoas declaradas insolventes pelos tribunais quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 986 para 2825. Em média, há 17 portugueses que são declarados falidos por dia, segundo o Instituto Informador Comercial.
Os números revelam ainda que, pela primeira vez, as insolvências de pessoas singulares já ultrapassaram as de empresas.
Jornalista Fátima Casanova: 2825 portugueses declarados insolventes
Quando todas as portas se fecham, recorrer ao tribunal acaba por ser a solução. “Apresentam-se como estando numa situação, em que em regra o recurso ao crédito já lhes foi cortado: ou porque o banco já não empresta mais; ou porque tiveram uma acção de execução que lhes penhorou uma parte do salário, impedindo qualquer pagamento que tivessem pendente”, explicou à Renascença a juíza Rute Lopes ,do Tribunal de Sintra.
A magistrada mostra-se incrédula face a alguns pedidos de insolvência. Pois, na hora de fazer a lista das despesas fixas mensais, por exemplo, acrescentam parcelas que os credores não aceitam: gastos com ginásios, férias ou até para presentes.
Depois de pagas as despesas fixas mensais, o dinheiro que sobra é gerido por uma pessoa nomeada pelo Tribunal, que faz a ligação com os credores durante cinco anos. No final, se estas famílias cumprirem e actuarem de boa-fé, libertam-se das dívidas que não tenham sido liquidadas.
“Famílias insolventes” é o tema do próximo programa da Renascença “Em nome da lei”, que pode ouvir Sábado entre as 12h00 e as 13h00.
Fonte: Renascença
Fonte: Renascença
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