Pelo menos dois altos responsáveis da União Europeia (UE) admitem que a Grécia pode mesmo falir e já se estão a preparar para o pior cenário possível.
O governo grego tem de conseguir aprovar um novo pacote de austeridade, de 28,4 milhões de euros, nos próximos dias, se quiser receber a quinta tranche do primeiro plano de resgate (total de 110 mil milhões). Mas, mesmo com maioria no parlamento, os socialistas precisam de convencer a oposição a apoiar as medidas para acalmar as greves massivas e os protestos nas ruas.
Werner Faymann, chanceler austríaco, admitiu neste domingo que "não se pode afastar" um cenário de falência grega, destaca o Daily Telegraph. Wolfgang Schaeuble, ministro das finanças da Alemanha, admitiu mesmo que a UE se está a preparar "para o pior": "Estamos a fazer tudo para evitar uma perigosa escalada para a Europa, mas temos ao mesmo tempo de estar preparados para o pior. Se as coisas correrem de forma diferente daquele que todos esperam então será um enorme colapso. Mas mesmo em 2008 o mundo foi capaz de tomar medidas coordenadas contra uma crise global e imprevisível nos mercados financeiros."
Para já, os bancos que emprestaram dinheiro à Grécia durante a sua escalada de endividamento resistem a participar no novo plano de resgate, recomprando dívida em sua posse. Os bancos germânicos pressionam o governo a dar garantias estatais, mas a chanceler, Angela Merkel, recusa aumentar a exposição dos contribuintes alemães à crise grega. No Reino Unido não há "propostas específicas" para o envolvimento do sector financeiro neste resgate.
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