As novas regras de Basileia poderão levar a uma corrida aos aumentos de capital.
Os maiores bancos do mundo terão de ter requisitos de capital mais apertados e terão um prazo mais curto para o conseguir, segundo as regras explicitadas pelo Comité de Basileia este fim-de-semana. Os reguladores mundiais decidiram que os trinta bancos com maior impacto no sistema financeiro global devem ter almofadas de liquidez adicionais. Isto é, devem ter rácios de fundos próprios de base (core tier 1) acima do definido para as outras entidades com menor impacto no sistema financeiro global, que é de 7%.
Assim, os megabancos mundiais serão obrigados a ter até 2,5 pontos percentuais acima daquela marca, para prevenir que em caso de instabilidade possam comprometer o sistema financeiro global. A este valor poderá ser exigido mais um ponto percentual de CT1 no futuro, para desincentivar os bancos a tornarem-se ainda maiores.
Estas medidas surgem na sequência da falência do Lehman Brothers, que abalou o sistema financeiro mundial. Segundo analistas citados pela Bloomberg, as novas exigências de Basileia para os megabancos, que também recomenda às entidades financeiras que acelerem o cumprimento das novas regras, levará entidades como o Deutsche Bank e o Unicredit a fazerem aumentos de capital. Já nos únicos bancos ibéricos que deverão integrar a lista dos megabancos aos quais estas regras deverão ser aplicadas, o Santander e o BBVA, o impacto deverá ser "manejável", segundo uma nota do BPI.
Fonte: DN.PT
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