Dois colegas assistiram ao atropelamento mortal de Henrique Pessoa, 25 anos. Um deles só teve tempo de saltar para a mata para não ser atingido.
"O meu menino não! Digam--me que está vivo, não pode ser!", gritava ontem a mãe de Henrique Pessoa, desesperada com a morte do jovem militar da GNR, aos 25 anos, atropelado por um camião numa berma do IC8, em Boavista, Ansião, quando tomava conta de um despiste. Além de Fátima Serradas, que o CM encontrou à porta de casa da família em Tarelhos, Cantanhede, também na GNR de Ansião os colegas ficaram destroçados.
Dois assistiram ao atropelamento e "estavam desfeitos", diz José Antunes, adjunto de comando dos Bombeiros de Ansião, adiantando que o camionista que se despistou, originando a tragédia, é bombeiro em Pedrógão Grande.
Henrique estava com um colega a tomar conta de um despiste, pelas 08h30, em que era interveniente uma militar que ia para Leiria. Foi identificar o quilómetro e, ao regressar, foi colhido na berma pelo camião, sendo projectado para a mata.
Teve morte imediata. O outro militar estava mais atrás e só teve tempo de saltar para a mata para não ser atingido. "Ficou arranhado ao atirar-se. Estava muito assustado", diz Amadeu Martins, um condutor que passou no local pouco depois.
NAMORADA DESMAIOU E FOI HOSPITALIZADA
A namorada de Henrique desmaiou ao receber a notícia e teve de ser hospitalizada. "Ficou gelada", conta Manuel Ferreira, tio do militar. A jovem estava a residir em casa dos pais de Henrique depois de ter perdido a mãe no ano passado e por não ter família próxima. Sempre que estava de folga, o militar visitava-os. Revoltada, a irmã Edite Silva diz que não descansa enquanto não souber "quem o matou". O militar ingressou na GNR há quatro anos. Depois de Pampilhosa da Serra e da Unidade de Segurança e Honras de Estado, em Lisboa, estava há um ano e quatro meses em Ansião.
Fonte: Correio da Manhã
Fonte: Correio da Manhã
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