terça-feira, 10 de abril de 2012

Pintassilgo: “França poderá ser um problema ainda maior que Espanha”

Pedro Pintassilgo, gestor de fundos da F&C Investment, diz que Espanha é “mais um teste à crise das dívidas”, mas “não será o mais temido”.

"Espanha é mais um teste à crise das dívidas. Não será o mais temido, se as coisas não pararem por aqui a França será um problema ainda maior", afirmou Pedro Pintassilgo ao Etv.

As declarações do gestor de fundos surgem num dia em que França foi ao mercado para vender 8,44 milhões de euros em dívida, pagando juros mais elevados. Recorde-se que o país liderado por Sarkozy tem sido um dos países alvo dos receios dos investidores, depois de ter perdido o seu ‘rating' máximo por parte da Standard & Poor's.

A propósito das eleições presidenciais francesas que se aproximam, o gestor de fundos referiu que se François Hollande vencer as eleições haverá "provavelmente alguém a bater o pé à Alemanha", nomeadamente no sentido de uma flexibilização dos programas de consolidação dos países do euro.

Sobre Espanha, Pedro Pintassilgo recordou que a derrapagem orçamental foi uma "má notícia", uma vez que o país vem de um défice de 8,5% do PIB em 2011 e quer chegar a 2013 com uma taxa de 3%. Recorde-se que no início de Março, o governo de Mariano Rajoy reviu em alta para 5,8% a previsão do défice para este ano, acima dos 4,4% acordados inicialmente com Bruxelas.

Para Pedro Pintassilgo, "esta história de Espanha é uma história que já vimos repetida nos países periféricos, nomeadamente em Itália", mas o responsável considera que "há aqui um sentimento que é contagiante" e que "renasce uma aversão ao risco", que é visível no novo agravamento dos indicadores de risco da generalidade dos países periféricos no mercado secundário.

O gestor de fundos acredita que Espanha vai negar até ao fim uma necessidade de resgate e tentar evitar a todo o custo que a situação se agrave através de um conjunto de medidas. "Mas nesta altura tem de se fazer muito e é tudo muito recessivo", frisou Pintassilgo.

Ainda no dia de ontem, o governo de Mariano Rajoy anunciou cortes no valor de 10 mil milhões de euros nos sectores da Saúde e Educação e o objectivo de acelerar as reformas no sector financeiro.

Fonte: Económico

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