Dois meninos de 10 anos e uma mulher de 55 anos foram mortos num ritual religioso, em que o sangue é oferecido à "Menina Branca", como também é conhecida da Santa Muerte, em troca de proteção, saúde e dinheiro.
Os crimes foram praticados entre dezembro de 2009 e março deste ano, mas só agora as autoridades conseguiram identificar os seus autores.Foram detidos sete membros da família Meraz, residente no município de Nacozari, no estado de Sonora.
No último ritual, em março, durante o qual foi degolado um rapaz de 10 anos, participaram quatro crianças da família, como idades entre um e cinco anos.
Foi, aliás, o desaparecimento de Jesús Octavio Martínez Yáñez, no dia 6 de março, que colocou a polícia no rasto desta família.
Os corpos das três vítimas foram encontrados na quarta-feira, enterrados num num terreno baldio próximo da casa da família Meraz.
Mortos com uma faca
A líder da família é Silvia Meraz, de 44 anos, que contou à polícia que as vítimas eram mortas com uma faca e o seu sangue despejado numa montanha como oferta à Santa Muerte.
Segundo o porta-voz da polícia, Ernesto Munro, Silvia estava convencida de que a oferta "de sacrifícios humanos à Santa Muerte lhe traria benefícios económicos e de saúde e daria proteção à família e, por isso, convenceu os restantes membros a aderirem a estes rituais".
As quatro crianças que participaram no último sacrifício estão sob custódia das autoridades, bem como a jovem de 15 anos que cometeu o último homicídio. "Ela considera que este tipo de ato é normal", diz a polícia.
O culto à Santa Muerte é condenado pela Igreja Católica, mas está bastante enraizado nas tradições das classes baixas e marginalizadas do México.
Estimam-se em cerca de cinco milhões os seguidores deste culto, incluindo na comunidade mexicana residente nos Estados Unidos.
Fonte: Jornal de Notícias
Fonte: Jornal de Notícias
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