sexta-feira, 13 de abril de 2012

Guiné Bissau: "Já nos disseram que havia militares prontos para nos virem buscar"

Portuguesa na Guiné-Bissau explica que a população foi aconselhada a não sair de casa e conta que há rumores sobre a chegada de tropas portuguesas. 

Já circulam rumores sobre uma eventual operação portuguesa em Bissau. A Renascença falou com uma cidadã portuguesa na capital guineense, que alude a isso mesmo. “Já nos disseram que se calhar havia militares prontos para nos virem buscar, mas em detalhe ainda não ouvi nada", refere Mafalda Barros.

Caso se confirme esse cenário, esta dentista, que está ao serviço de uma organização não governamental, hesita quanto à possibilidade de deixar o país: “Estou num orfanato com 150 crianças. Não sei se era capaz de me vir embora. Por outro lado, tenho a minha família à espera é uma situação complicada.” 

Mafalda Barros confessa que o que mais a preocupa são as crianças de quem cuida: “Não tenho medo por mim, portuguesa. Tenho medo pelo povo, pelas crianças. Este país parece que dá um passo para a frente e dois para trás”.

Mafalda Barros descreve a situação actual em Bissau e refere que foi decretado um recolher obrigatório na cidade. 

“De manhã, estava tudo mais calmo, as lojas abertas, mas agora está tudo a fechar e tudo a ficar com medo e a voltar para casa. Recebemos a notícia de que vai haver recolher obrigatório. Temos de estar em casa às 19h00 e fomos aconselhados a não sair sequer de casa”, conta Mafalda Barros.

Oficialmente, não há registo de que tenha sido decretado um recolher obrigatório.

Fonte: Renascença

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Extensor peniano