António Saraiva considera que a falta de sustentabilidade do sistema da Segurança Social pode ser "bomba-relógio".
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu hoje um "sistema dual" de contribuições para a segurança social, desde que esteja salvaguardada a sustentabilidade do sistema, sob pena de se criar "uma bomba relógio que ninguém deseja".
António Saraiva comentava, desta forma, a possibilidade de ser criado um plafonamento das pensões (introdução de um limite salarial de descontos para a segurança social), sublinhando que "a sustentabilidade da segurança social é um objectivo que a todos deve preocupar".
"Concordo com um sistema dual desde que garanta a sustentabilidade da segurança social. Com o volume de desemprego que temos, com a perda de receitas da segurança social, se não criarmos sustentabilidade para o nosso modelo social receio que tenhamos, a prazo, uma bomba relógio que ninguém deseja", observou o dirigente da CIP, à margem de um congresso da indústria agro-alimentar.
O mesmo responsável considera, por outro lado, que "aqueles que possam descontar mais e que vejam limitadas as suas reformas no futuro" devem poder "canalizar essas poupanças para sistemas paralelos", para não serem penalizados e verem "a sua reforma compensada".
O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, disse, na passada quinta-feira, que quer promover este ano o debate sobre o plafonamento das pensões, escusando-se a avançar com valores e defendendo que quer os estudos quer o debate não devem ser condicionados à partida.
Fonte: Económico
Fonte: Económico
Nenhum comentário:
Postar um comentário