A possibilidade de nacionalização da petrolífera argentina YPF, controlada pela espanhola Repsol, mantém em aberto uma grave crise diplomática entre Madrid e Buenos Aires.
A tensão vinha em crescendo desde que, em Fevereiro, o Governo de Cristina Kirchner iniciou movimentações com vista à estatização da principal petrolífera do país, detida em 57% pela Repsol. Garantindo que a empresa espanhola não está a cumprir os planos de investimento previstos, e argumentando que se trata de um "bem público", o Estado argentino pretende reassumir o controlo da petrolífera, cujo capital foi vendido a investidores privados durante os anos 90, aquando da onda de privatizações lançada pelo então presidente, Carlos Menem.
O objectivo do Estado argentino tem como principal opositor, no entanto, o próprio Executivo de Madrid, comprometido na defesa dos interesses da Repsol. Numa mensagem invulgar, o ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria, afirmou que "qualquer gesto de hostilidade" contra empresas do país será visto como "um gesto contra Espanha".
Na contenda, a diplomacia espanhola conta com o apoio União Europeia, que também intensificou a pressão sob o Executivo argentino, cuja posição preocupa os investidores estrangeiros no país latino-americano. O resultado das negociações deverá ser conhecido nos próximos dias.
DN.PT
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