O ex-presidente cubano Fidel Castro afirma que o último relatório da Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA) sobre o Irão "põe o mundo à beira da guerra nuclear".
"O mais curioso é que, mal a NATO acabou a sua operação na Líbia, a AIEA, órgão das Nações Unidas, uma instituição que deveria estar ao serviço da paz mundial, lançou o seu relatório político, interessado e sectário que põe o mundo à beira da guerra com uso de armas nucleares", escreve, num artigo publicado hoje e intitulado "O Cinismo Genocida". O líder comunista, de 85 anos, argumenta que a agência apoia assim a guerra que os EUA, "em aliança com a Grã-Bretanha e Israel, tem vindo a preparar minuciosamente contra o Irão".
Fidel Castro considera necessário que "a humanidade tome consciência dos riscos que corre inexoravelmente de cair numa catástrofe total e definitiva que seria uma consequência de decisões irresponsáveis dos políticos em cujas mãos o acaso, mais do que o talento ou o mérito, colocou o destino da humanidade".
No seu relatório, divulgado na terça-feira, a AIEA manifesta "sérias preocupações" sobre a dimensão militar do programa nuclear iraniano, com base em informações "credíveis".
O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, já tinha rejeitado antecipadamente qualquer acusação ao programa nuclear do seu país. Segundo o ministro, a agência da ONU, que há oito anos investiga o programa iraniano, "não tem qualquer prova séria".
Israel e vários países ocidentais acusam o Irão de querer dotar-se da bomba atómica, o que Teerão desmente.
Washington e os seus aliados ocidentais já manifestaram a intenção de utilizar o relatório da AIEA para reforçar as sanções que aplicam a título individual a Teerão e tentam convencer Moscovo e Pequim a intensificar as da ONU, adotadas em quatro resoluções que foram aprovadas a partir de 2007.
O relatório deve ser discutido na reunião do Conselho de Governadores da AIEA de 17 e 18 de novembro.
Fonte: Sic Notícias
Fonte: Sic Notícias
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